Efeitos da fragmentação sobre a comunidade de aranhas do sub-bosque de uma floresta de terra-firme, na Amazônia Central / Felipe do Nascimento Andrade de Almeida Rego.

Por: Rego, Felipe do Nascimento Andrade de AlmeidaColaborador(es):Venticinque, Eduardo Martins [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus [s.n.] 2003Notas: iv, 70 f. : mapasAssunto(s): Aranhas -- Amazônia -- Ecologia | Efeito de borda | Fragmentos florestais -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 595.44045 Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2003 Sumário: A Amazônia é um dos maiores refúgios da biodiversidade do mundo, no entanto, a ocupação humana vem causando a fragmentação de hábitats, impondo riscos a diversidade de espécies e problemas relacionados a conservação. A floresta é reduzida a remanescentes de mata isolados e circundados por uma paisagem alterada (matriz). As alterações ocorridas na interface do fragmento com a matriz são chamadas de "efeito de borda", e podem vir a afetar a dinâmica das comunidades. Aranhas são um grupo hiperdiverso, habitantes muito comuns do sub-bosque da floresta e dependem da diversidade de hábitats e da estrutura da vegetação para construção de teias, forrageamento e refúgio. Não se sabe ao certo na Amazônia, como a fragmentação afeta a comunidade de aranhas. Partindo da premissa de que os efeitos da fragmentação alteram a paisagem e sabendo-se da dependência da araneofauna em relação a vegetação, o sub-bosque foi caracterizado em relação à profundidade da serrapilheira, densidade da vegetação, presença de palmeiras, troncos caídos e liteiras suspensas, e diversidade de estruturas formadas pelos ramos dos arbustos para fixação de teias e forrageamento. Este trabalho foi realizado nas áreas de estudo do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, próximo a Manaus-AM. Os impactos da fragmentação sobre a comunidade de aranhas do sub-bosque foram determinados pela comparação entre a araneofauna de fragmentos, mata contínua e suas bordas. As espécies ainda não puderam ser identificadas, e neste estudo, os efeitos da fragmentação sobre as aranhas foram determinados pela abundância da comunidade, das famílias mais comuns e da composição da araneofauna baseada nos gêneros. A abundância de aranhas foi maior na mata contínua, sendo afetada pela heteorgeneidade de hábitats. As famílias Ctenidae, Pisauridade, Salticidae tiveram mais indivíduos coletados na floresta do que nos fragmentos, porém o oposto foi observado para Sparassidae. As famílias Aranaeidae e Theridiidae não tiveram sua abundância relativa alterada em fragmentos, no entanto respondem de maneira diferente a presença de palmeiras e a densidade da vegetação, fatores estes, que podem estar amenizando os efeitos da fragmentação sbre estas populações. A abundância da família Ctenidae é afetada pela presença de troncos sobre o solo e foi o único caso, onde houve influência do efeito de borda. Não foi observado uma araneofauna característica de fragmentos ou floresta, no entanto, parece haver uma simplificação da comunidade nos fragmentos devido a redução do número de espécies raras. Também foi observado que a composição da comunidade é afetada pela estrutura da vegetação nas bordas.
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Dissertação T 595.44045 R343e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 03-0915

Dissertação (mestre) - INPA/UFAM, 2003

A Amazônia é um dos maiores refúgios da biodiversidade do mundo, no entanto, a ocupação humana vem causando a fragmentação de hábitats, impondo riscos a diversidade de espécies e problemas relacionados a conservação. A floresta é reduzida a remanescentes de mata isolados e circundados por uma paisagem alterada (matriz). As alterações ocorridas na interface do fragmento com a matriz são chamadas de "efeito de borda", e podem vir a afetar a dinâmica das comunidades. Aranhas são um grupo hiperdiverso, habitantes muito comuns do sub-bosque da floresta e dependem da diversidade de hábitats e da estrutura da vegetação para construção de teias, forrageamento e refúgio. Não se sabe ao certo na Amazônia, como a fragmentação afeta a comunidade de aranhas. Partindo da premissa de que os efeitos da fragmentação alteram a paisagem e sabendo-se da dependência da araneofauna em relação a vegetação, o sub-bosque foi caracterizado em relação à profundidade da serrapilheira, densidade da vegetação, presença de palmeiras, troncos caídos e liteiras suspensas, e diversidade de estruturas formadas pelos ramos dos arbustos para fixação de teias e forrageamento. Este trabalho foi realizado nas áreas de estudo do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, próximo a Manaus-AM. Os impactos da fragmentação sobre a comunidade de aranhas do sub-bosque foram determinados pela comparação entre a araneofauna de fragmentos, mata contínua e suas bordas. As espécies ainda não puderam ser identificadas, e neste estudo, os efeitos da fragmentação sobre as aranhas foram determinados pela abundância da comunidade, das famílias mais comuns e da composição da araneofauna baseada nos gêneros. A abundância de aranhas foi maior na mata contínua, sendo afetada pela heteorgeneidade de hábitats. As famílias Ctenidae, Pisauridade, Salticidae tiveram mais indivíduos coletados na floresta do que nos fragmentos, porém o oposto foi observado para Sparassidae. As famílias Aranaeidae e Theridiidae não tiveram sua abundância relativa alterada em fragmentos, no entanto respondem de maneira diferente a presença de palmeiras e a densidade da vegetação, fatores estes, que podem estar amenizando os efeitos da fragmentação sbre estas populações. A abundância da família Ctenidae é afetada pela presença de troncos sobre o solo e foi o único caso, onde houve influência do efeito de borda. Não foi observado uma araneofauna característica de fragmentos ou floresta, no entanto, parece haver uma simplificação da comunidade nos fragmentos devido a redução do número de espécies raras. Também foi observado que a composição da comunidade é afetada pela estrutura da vegetação nas bordas.

Área de concentração: Ecologia.

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