Produção e decomposição de serapilheira de uma floresta ombrófila mista aluvial, Rio Barigüi, Araucária, PR / Silas Garcia Aquino de Souza.

Por: Sousa, Silas Garcia Aquino deDetalhes da publicação: 2003Notas: 127 f. : il. color., mapasAssunto(s): Ciclagem de nutrientes (Biogeoquímica) | Folhas -- Biodegradação | Floresta ombrófila -- Araucária (PR) | LiteiraClassificação Decimal de Dewey: 574.52642 Nota de dissertação: Tese (doutorado)--Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003. Sumário: As florestas aluviais, apesar de desempenharem importante papel na manutenção e conservação de água doce, em benefício da humanidade, vêem sofrendo acelerado processo de degradação, antes que, a ciência possa entender como esses ambientes desempenham essas funções. Pretendeu-se com este trabalho gerar informações sobre a ciclagem de nutrientes, no âmbito da floresta aluvial do rio Barigüi. Para tanto, concentrou-se o estudo nos seguintes objetivos: estimativa da produção mensal, estacional e anual de serapilheira; determinação do teor e da quantidade de N, P, K, Ca, Mg e carbono depositados com a serapilheira; avaliação do processo de decomposição foliar e da liberação de N, P, K, Ca e Mg; e a relação entre produção de serapilheira às variáveis dendrométricas, fitossociológicas, variáveis meteorológicas e lençol freático. O estudo foi desenvolvido em um segmento da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, rio Barigüi, Araucária, PR. Durante 24 meses foram monitorados a produção e o acúmulo de serapilheira em 21 parcelas permanentes (100m²). Foram instalados ensaios de decomposição e mensurados os principais fatores ambientais (clima, solo e vegetação). Os resultados demonstraram que a produção anual de serapilheira foi de 9,4 Mg.ha-¹.ano-¹ e a serapilheira acumulada de 8,8 Mg.ha-¹. As folhas contribuíram com 62% e os galhos com 18% da produção total. A maior deposição de serapilheira e retorno de nutrientes ocorreu no inverno. Julho foi o mês de maior produção e março o de menor produção. As maiores taxas de decomposições ocorreram na primavera e verão. A decomposição foi rápida, e o tempo necessário para decompor 50% do material foliar é menor que um ano (126 dias). Os teores de nutrientes na serapilheira apresentaram o seguinte padrão: N Ca K Mg P. Com a serapilheira retornaram ao solo 411 kg.ha-¹.ano-¹ de nutrientes minerais e 4,0 Mg,ha-¹.ano-¹ de carbono orgânico. Os coeficientes de correlações de produção, com as variáveis dendrométricas, fitossociológica, variáveis meteorológicas e nível do lençol freático foram baixos. Sendo assim, indicaram as seguintes tendências: a maior produção de serapilheira está relacionada a maior densidade das populações arbóreas do estrato superior; os incrementos em diâmetro, área basal e densidade das populações do sub-bosque podem estar sendo influenciadas pela maior deposição de serapilheira, em decorrência da maior entrada de luz no interior da floresta; as maiores deposições de folhas estão relacionadas ao período temperaturas mais baixas; as maiores deposições de folhas estão relacionadas ao período de maior velocidade dos ventos e ao menor nível do lençol freático. Concluiu-se que, a deposição de serapilheira da floresta aluvial do rio Barigüi é sazonal, e está associada a fenofase de Sebastiania commersoniana, espécies decidual. A decomposição foliar é rápida e equivalente às taxas de decomposição das florestas tropicais úmidas.
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Tese T 574.52642 S725p (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 04-0448

Tese (doutorado)--Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2003.

As florestas aluviais, apesar de desempenharem importante papel na manutenção e conservação de água doce, em benefício da humanidade, vêem sofrendo acelerado processo de degradação, antes que, a ciência possa entender como esses ambientes desempenham essas funções. Pretendeu-se com este trabalho gerar informações sobre a ciclagem de nutrientes, no âmbito da floresta aluvial do rio Barigüi. Para tanto, concentrou-se o estudo nos seguintes objetivos: estimativa da produção mensal, estacional e anual de serapilheira; determinação do teor e da quantidade de N, P, K, Ca, Mg e carbono depositados com a serapilheira; avaliação do processo de decomposição foliar e da liberação de N, P, K, Ca e Mg; e a relação entre produção de serapilheira às variáveis dendrométricas, fitossociológicas, variáveis meteorológicas e lençol freático. O estudo foi desenvolvido em um segmento da Floresta Ombrófila Mista Aluvial, rio Barigüi, Araucária, PR. Durante 24 meses foram monitorados a produção e o acúmulo de serapilheira em 21 parcelas permanentes (100m²). Foram instalados ensaios de decomposição e mensurados os principais fatores ambientais (clima, solo e vegetação). Os resultados demonstraram que a produção anual de serapilheira foi de 9,4 Mg.ha-¹.ano-¹ e a serapilheira acumulada de 8,8 Mg.ha-¹. As folhas contribuíram com 62% e os galhos com 18% da produção total. A maior deposição de serapilheira e retorno de nutrientes ocorreu no inverno. Julho foi o mês de maior produção e março o de menor produção. As maiores taxas de decomposições ocorreram na primavera e verão. A decomposição foi rápida, e o tempo necessário para decompor 50% do material foliar é menor que um ano (126 dias). Os teores de nutrientes na serapilheira apresentaram o seguinte padrão: N Ca K Mg P. Com a serapilheira retornaram ao solo 411 kg.ha-¹.ano-¹ de nutrientes minerais e 4,0 Mg,ha-¹.ano-¹ de carbono orgânico. Os coeficientes de correlações de produção, com as variáveis dendrométricas, fitossociológica, variáveis meteorológicas e nível do lençol freático foram baixos. Sendo assim, indicaram as seguintes tendências: a maior produção de serapilheira está relacionada a maior densidade das populações arbóreas do estrato superior; os incrementos em diâmetro, área basal e densidade das populações do sub-bosque podem estar sendo influenciadas pela maior deposição de serapilheira, em decorrência da maior entrada de luz no interior da floresta; as maiores deposições de folhas estão relacionadas ao período temperaturas mais baixas; as maiores deposições de folhas estão relacionadas ao período de maior velocidade dos ventos e ao menor nível do lençol freático. Concluiu-se que, a deposição de serapilheira da floresta aluvial do rio Barigüi é sazonal, e está associada a fenofase de Sebastiania commersoniana, espécies decidual. A decomposição foliar é rápida e equivalente às taxas de decomposição das florestas tropicais úmidas.

Orientador: Roderjan, Carlos Vellozo.

Área de concentração: Conservação da natureza".

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