Fluxos hidrológicos em microbacias com floresta e pastagem na Amazônia Oriental, Paragominas, Pará / Azeneth Eufrausino Schuler.

Por: Schuler, Azeneth EufrausinoColaborador(es):Victoria, Reynaldo Luiz [Orientador] | Moraes, Jorge Marcos de [Coorientador]Detalhes da publicação: Piracicaba 2003Notas: ca. 150 fAssunto(s): Hidrologia -- Paragominas (PA) | Pastagens -- Paragominas (PA) -- Aspectos ambientais | Balanço hidrológico -- Paragominas (PA)Classificação Decimal de Dewey: 551.48 Nota de dissertação: Tese (doutor)- Universidade de São Paulo, 2003 Sumário: O monitoramento durante três anos de duas microbacias, uma com vegetação de pastagem e outra de floresta, localizadas na Amazônia Oriental, Paragominas, teve como objetivo avaliar o impacto da alteração de uso da terra, iniciada há quase três décadas na região, e suas conseqüências nas propriedades físicas do solo sobre o funcionamento hidrológico da paisagem. A caracterização dos solos (Latossolo e Plintossolos) do ponto de vista do comportamento hidráulico, identificou similaridades nos perfis, como a presença nas duas bacias de impedimento de drenagem por plintita a cerca de 1,0 m de profundidade. Nesta camada a condutividade saturada (Ksat) foi reduzida até 0,1 a 1,0 mm h-¹. A camada superficial de 0,15 e 0,30 m mostrou diferenças entre os solos, com medianas de Ksat a 0,15 m de 3,7 mm h-¹ na pastagem e 230 mm h-¹ na floresta, onde a macro e mesoporosidade somadas representam 28% do volume do solo. Foram medidos os seguintes componentes do balanço: a precipitação total (P=1641±192 mm) e os demais componentes como porcentagem de P: transprecipitação (84±4%) e interceptação da copa (16±4%) na floresta, escoamento superficial (4±2% na floresta e na 14±6% na pastagem) e escoamento subsuperficial (~1% nas duas áreas), deflúvio nos canais (3±1% na floresta e 14±6% na pastagem). Os resultados das propriedades hidráulicas do solo e dos fluxos observados confirmaram a hipótese de alteração de processos hidrológicos pela mudança de vegetação, afetando o balanço hídrico e a distribuição de seus componentes. Analisou-se o uso de um modelo de balanço para estimar a umidade volumétrica do solo e a ET por Penman-Monteith, com restrição estomática segundo o modelo de Jarvis, em que a umidade do solo saída do balanço realimenta a função f5(teta). Embora com bons ajustes na calibração, a análise de Monte Carlo mostrou baixa sensibilidade aos parâmetros climáticos do modelo de Jarvis, indicando a inadequação da atual estrutura do balanço para estimar a umidade e ET. A forte correlação física entre condutância estomática e variáveis climáticas e de umidade, abre perspectivas para adequar o modelo de balanço, substituindo variáveis empíricas, como profundidade efetiva z e coeficiente de drenagem, por funções com significado físico.
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Tese T 551.48 S386f (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 06-0215

Tese (doutor)- Universidade de São Paulo, 2003

O monitoramento durante três anos de duas microbacias, uma com vegetação de pastagem e outra de floresta, localizadas na Amazônia Oriental, Paragominas, teve como objetivo avaliar o impacto da alteração de uso da terra, iniciada há quase três décadas na região, e suas conseqüências nas propriedades físicas do solo sobre o funcionamento hidrológico da paisagem. A caracterização dos solos (Latossolo e Plintossolos) do ponto de vista do comportamento hidráulico, identificou similaridades nos perfis, como a presença nas duas bacias de impedimento de drenagem por plintita a cerca de 1,0 m de profundidade. Nesta camada a condutividade saturada (Ksat) foi reduzida até 0,1 a 1,0 mm h-¹. A camada superficial de 0,15 e 0,30 m mostrou diferenças entre os solos, com medianas de Ksat a 0,15 m de 3,7 mm h-¹ na pastagem e 230 mm h-¹ na floresta, onde a macro e mesoporosidade somadas representam 28% do volume do solo. Foram medidos os seguintes componentes do balanço: a precipitação total (P=1641±192 mm) e os demais componentes como porcentagem de P: transprecipitação (84±4%) e interceptação da copa (16±4%) na floresta, escoamento superficial (4±2% na floresta e na 14±6% na pastagem) e escoamento subsuperficial (~1% nas duas áreas), deflúvio nos canais (3±1% na floresta e 14±6% na pastagem). Os resultados das propriedades hidráulicas do solo e dos fluxos observados confirmaram a hipótese de alteração de processos hidrológicos pela mudança de vegetação, afetando o balanço hídrico e a distribuição de seus componentes. Analisou-se o uso de um modelo de balanço para estimar a umidade volumétrica do solo e a ET por Penman-Monteith, com restrição estomática segundo o modelo de Jarvis, em que a umidade do solo saída do balanço realimenta a função f5(teta). Embora com bons ajustes na calibração, a análise de Monte Carlo mostrou baixa sensibilidade aos parâmetros climáticos do modelo de Jarvis, indicando a inadequação da atual estrutura do balanço para estimar a umidade e ET. A forte correlação física entre condutância estomática e variáveis climáticas e de umidade, abre perspectivas para adequar o modelo de balanço, substituindo variáveis empíricas, como profundidade efetiva z e coeficiente de drenagem, por funções com significado físico.

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