Identificação molecular de abelhas sem ferrao da Amazônia / Mariana Trindade de Souza.

Por: Souza, Mariana Trindade deColaborador(es):Carvalho-Zilse, Gislene Almeida [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2010Notas: 57 f. : il. colorAssunto(s): Meliponini | Abelhas sem ferrao | DNA mitocondrial | Biologia molecularClassificação Decimal de Dewey: 595.7990415 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2010 Sumário: No Brasil estima-se a ocorrência de 192 espécies de abelhas sem ferrao ou indígenas dentre as quase 400 que pertencem a Tribo Meliponini. Estas abelhas, além de produzirem mel, sao importantes polinizadoras da flora nativa e dispersoras de sementes. Apesar disto, estao em acelerado processo de desaparecimento, principalmente por causa da destruiçao dos seus habitats naturais. Ainda é necessário muito trabalho para conhecer a real diversidade dessas abelhas indígenas da regiao amazônica visto que a maioria das coletas restringe-se às calhas dos dois principais rios do Amazonas (Solimoes e Negro). Atualmente, com o advento de estudos moleculares, a caracterizaçao de espécies vem avançando, pois tais técnicas permitem a comparaçao de sequências de DNA. Especialmente, o DNA mitocondrial (DNAmt) vem sendo utilizado em estudos intra e inter-específicos e evolutivos por ser pequeno, transmitido maternalmente e altamente conservado. Tal sensibilidade culminou na proposiçao de uma tecnologia nova e rápida para identificaçao das espécies com base na regiao COI (Citocromo oxidase I) para identificaçao das espécies em geral, denominada DNA Barcode. Entretanto, para Melipona compressipes, foi detectado que a regiao 16S foi mais polimorfica do que COI. Diante disto, este estudo teve por objetivo comparar a eficiência das regioes 16S rRNA e COI do DNA mitocondrial para diferenciar nove espécies de abelhas sem ferrao da Amazônia (Melipona interrupta, M. seminigra, M. rufiventris, M. dubia, M. nebulosa, M. eburnea, Scaptotrigona sp., S. polysticta e Trigona williana) com base em polimorfismo de DNA de fita simples pela técnica SSCP (Single Strand Conformation Polymorphism). Foram coletados cinco indivíduos adultos de 10 colméias de cada espécie para extraçao individual de DNA pelo protocolo de Paxton et al. (1996). As sequências alvo foram amplificadas pela técnica PCR (Polimerase Chain Reaction), desnaturadas em tampao SSCP, submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida 12% e corado com nitrato de prata. Observou-se 23 haplótipos (16SH1-16SH23) para a regiao 16S, sendo dois compartilhados (16SH1 entre M. interrupta e M. seminigra, 16SH5 entre S. polysticta, M. interrupta e M. eburnea). O número de haplótipos exclusivos por espécie variou de um (M. dubia) a cinco (M. seminigra e M. eburnea). Para COI foram encontrados 23 haplótipos (COIH1-COIH23), sendo três compartilhados (COIH10 e COIH11 entre M. eburnea e M. rufiventris e COIH16 entre Scaptotrigona sp. e S. polysticta). O número de haplótipos exclusivos variou de um (M. dubia e Trigona williana) a seis (M. interrupta). A distância genética de Nei, tanto para 16S quanto para COI, foi de 100% para as espécies que nao tiveram haplótipos compartilhados. Para 16S as distâncias entre M. interrupta e M. seminigra foi de 80%, entre M. interrupta e M. eburnea e entre S. polysticta e M. eburnea de 70%, e entre S. polysticta e M. interrupta de 58%. Para COI as distâncias encontradas foram de 1,4% entre M. eburnea e M. rufiventris e 58% entre Scaptotrigona sp. e S. polysticta. Com base nestes resultados, pode-se inferir que tanto a regiao 16S quanto a COI sao eficientes para diferenciar as espécies de abelhas sem ferrao estudadas.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 595.7990415 S729i (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0391

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2010

No Brasil estima-se a ocorrência de 192 espécies de abelhas sem ferrao ou indígenas dentre as quase 400 que pertencem a Tribo Meliponini. Estas abelhas, além de produzirem mel, sao importantes polinizadoras da flora nativa e dispersoras de sementes. Apesar disto, estao em acelerado processo de desaparecimento, principalmente por causa da destruiçao dos seus habitats naturais. Ainda é necessário muito trabalho para conhecer a real diversidade dessas abelhas indígenas da regiao amazônica visto que a maioria das coletas restringe-se às calhas dos dois principais rios do Amazonas (Solimoes e Negro). Atualmente, com o advento de estudos moleculares, a caracterizaçao de espécies vem avançando, pois tais técnicas permitem a comparaçao de sequências de DNA. Especialmente, o DNA mitocondrial (DNAmt) vem sendo utilizado em estudos intra e inter-específicos e evolutivos por ser pequeno, transmitido maternalmente e altamente conservado. Tal sensibilidade culminou na proposiçao de uma tecnologia nova e rápida para identificaçao das espécies com base na regiao COI (Citocromo oxidase I) para identificaçao das espécies em geral, denominada DNA Barcode. Entretanto, para Melipona compressipes, foi detectado que a regiao 16S foi mais polimorfica do que COI. Diante disto, este estudo teve por objetivo comparar a eficiência das regioes 16S rRNA e COI do DNA mitocondrial para diferenciar nove espécies de abelhas sem ferrao da Amazônia (Melipona interrupta, M. seminigra, M. rufiventris, M. dubia, M. nebulosa, M. eburnea, Scaptotrigona sp., S. polysticta e Trigona williana) com base em polimorfismo de DNA de fita simples pela técnica SSCP (Single Strand Conformation Polymorphism). Foram coletados cinco indivíduos adultos de 10 colméias de cada espécie para extraçao individual de DNA pelo protocolo de Paxton et al. (1996). As sequências alvo foram amplificadas pela técnica PCR (Polimerase Chain Reaction), desnaturadas em tampao SSCP, submetidas a eletroforese em gel de poliacrilamida 12% e corado com nitrato de prata. Observou-se 23 haplótipos (16SH1-16SH23) para a regiao 16S, sendo dois compartilhados (16SH1 entre M. interrupta e M. seminigra, 16SH5 entre S. polysticta, M. interrupta e M. eburnea). O número de haplótipos exclusivos por espécie variou de um (M. dubia) a cinco (M. seminigra e M. eburnea). Para COI foram encontrados 23 haplótipos (COIH1-COIH23), sendo três compartilhados (COIH10 e COIH11 entre M. eburnea e M. rufiventris e COIH16 entre Scaptotrigona sp. e S. polysticta). O número de haplótipos exclusivos variou de um (M. dubia e Trigona williana) a seis (M. interrupta). A distância genética de Nei, tanto para 16S quanto para COI, foi de 100% para as espécies que nao tiveram haplótipos compartilhados. Para 16S as distâncias entre M. interrupta e M. seminigra foi de 80%, entre M. interrupta e M. eburnea e entre S. polysticta e M. eburnea de 70%, e entre S. polysticta e M. interrupta de 58%. Para COI as distâncias encontradas foram de 1,4% entre M. eburnea e M. rufiventris e 58% entre Scaptotrigona sp. e S. polysticta. Com base nestes resultados, pode-se inferir que tanto a regiao 16S quanto a COI sao eficientes para diferenciar as espécies de abelhas sem ferrao estudadas.

Área de concentração: Genética, Conservação e Biologia Evolutiva.

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