Variabilidade genética em populaçães de Aedes (Stegomyia) aegypti Linnaeus, 1762 (Diptera: Culicidae) da Amazônia brasileira, por meio de marcadores microssatélites / Suzana Ferreira dos Anjos Lima.

Por: Lima, Suzana Ferreira dos AnjosColaborador(es):Santos, Joselita Maria Mendes dos [Orientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2010Notas: xv, 58 f. : il. colorAssunto(s): Aedes aegypti -- Amazônia | Genética de populaçoes | Dengue | Marcadores microssatélites | Variabilidade genética | Febre amarelaClassificação Decimal de Dewey: 595.770415 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2010 Sumário: O Aedes aegypti é originário do continente africano e considerado de grande importância epidemiológica, por ser o principal vetor dos quatro sorotipos do vírus da dengue e da febre amarela. Foram analisados oito locos microssatélites com o objetivo de estimar a variabilidade genética em quatro populaçoes da Amazônia brasileira, para obter dados sobre a estrutura genética de suas populaçoes, que possam subsidiar em programas de controle desse vetor. A genotipagem de 129 indivíduos foi realizada em sequenciador de DNA Megabace 1000, utilizando o programa Genetic Profiler. O número total de alelos detectados por loco para todas as populaçoes variou de 3 a 21, enquanto que o número médio de alelos por loco/populaçao variou 5,12 a 7,12. A heterozigosidade média observada variou de 0,42 a 0,61 e, a esperada foi de 0,50 a 0,66. Entre as quatro populaçoes, Boa Vista mostrou apenas um loco em desequilíbrio genético, enquanto que, para as populaçoes de Porto Velho, Santarém e Sao Luís, dois a três locos estavam em desequilíbrio gamético. Os resultados da AMOVA mostraram que 68,03% da variaçao foram verificadas dentro das populaçoes, 23,67% entre grupos dentro das populaçoes, e apenas 8,29% entre elas. O valor de FST foi significante (FST = 0.083; P = 0,0083 0,05), indicando diferenciaçao genética entre as populaçoes. Essa diferenciaçao foi inferida pelos valores significativos das comparaçoes par-a-par de FST e, após a correçao de Bonferroni, mostraram significância entre Boa Vista/ Santarém e Boa Vista /Sao Luís. Estes resultados foram analisados por meio do Teste de Mantel e nao foi detectada nenhuma correlaçao entre as distâncias geográfica e genética. A análise Bayesiana implementada no programa STRUCTURE 2.3.2, evidenciou a existência de dois clusters distribuídos em três grupos, confirmando uma moderada estruturaçao populacional. Com base na distância genética foi possível construir um dendrograma, que separou também as quatro populaçoes em dois clusters: 1- Santarém/Sao Luís; 2- Porto Velho/Boa Vista. Desta forma, os resultados desse trabalho mostram essas populaçoes de A. aegypti num processo inicial de estruturaçao genética, decorrente principalmente, da açao antrópica, que favorece uma forte pressao de seleçao, pelo uso constante de inseticidas no controle desse vetor.
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Dissertação T 595.770415 L732v (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 10-0168

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2010

O Aedes aegypti é originário do continente africano e considerado de grande importância epidemiológica, por ser o principal vetor dos quatro sorotipos do vírus da dengue e da febre amarela. Foram analisados oito locos microssatélites com o objetivo de estimar a variabilidade genética em quatro populaçoes da Amazônia brasileira, para obter dados sobre a estrutura genética de suas populaçoes, que possam subsidiar em programas de controle desse vetor. A genotipagem de 129 indivíduos foi realizada em sequenciador de DNA Megabace 1000, utilizando o programa Genetic Profiler. O número total de alelos detectados por loco para todas as populaçoes variou de 3 a 21, enquanto que o número médio de alelos por loco/populaçao variou 5,12 a 7,12. A heterozigosidade média observada variou de 0,42 a 0,61 e, a esperada foi de 0,50 a 0,66. Entre as quatro populaçoes, Boa Vista mostrou apenas um loco em desequilíbrio genético, enquanto que, para as populaçoes de Porto Velho, Santarém e Sao Luís, dois a três locos estavam em desequilíbrio gamético. Os resultados da AMOVA mostraram que 68,03% da variaçao foram verificadas dentro das populaçoes, 23,67% entre grupos dentro das populaçoes, e apenas 8,29% entre elas. O valor de FST foi significante (FST = 0.083; P = 0,0083 0,05), indicando diferenciaçao genética entre as populaçoes. Essa diferenciaçao foi inferida pelos valores significativos das comparaçoes par-a-par de FST e, após a correçao de Bonferroni, mostraram significância entre Boa Vista/ Santarém e Boa Vista /Sao Luís. Estes resultados foram analisados por meio do Teste de Mantel e nao foi detectada nenhuma correlaçao entre as distâncias geográfica e genética. A análise Bayesiana implementada no programa STRUCTURE 2.3.2, evidenciou a existência de dois clusters distribuídos em três grupos, confirmando uma moderada estruturaçao populacional. Com base na distância genética foi possível construir um dendrograma, que separou também as quatro populaçoes em dois clusters: 1- Santarém/Sao Luís; 2- Porto Velho/Boa Vista. Desta forma, os resultados desse trabalho mostram essas populaçoes de A. aegypti num processo inicial de estruturaçao genética, decorrente principalmente, da açao antrópica, que favorece uma forte pressao de seleçao, pelo uso constante de inseticidas no controle desse vetor.

Area de concentraçao: Genética, Conservaçao e Biologia Evolutiva.

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