Biomassa e produção fitoplanctônica do Lago Camaleão (Ilha de Marchantaria, Amazonas) / Maria do Socorro Rodrigues.

Por: Rodrigues, Maria do SocorroColaborador(es):Junk, Wolfgang J [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus 1994Notas: 194 f. : ilAssunto(s): Fitoplâncton -- Camaleão, Lago (AM) | Produtividade primária (Biologia) | Peixes -- Ecologia -- Amazônia | Igarapés -- Amazônia | Monitoramento ambiental -- Amazônia | Manejo florestal -- AmazôniaClassificação Decimal de Dewey: 574.52632 Nota de dissertação: Tese (Doutor)- INPA/UFAM, 1994 Sumário: A comunidade fitoplanctônica de um lago raso e pequeno (Lago Camaleão) localizado na várzea do Rio Solimões foi investigada. Coletas mensais, entre setembro de 1987 e março de 1989, foram realizadas. A composição de espécies, biomassa em termos de clorofila a, número total de indivíduos, volume celular e produtividade primária das frações total e 55µm do fitoplâncton, (pelo método do 14 C), foram estimados, durante o período de investigação. Adicionalmente, o papel dos nutrientes limitantes para o crescimento fitoplanctônico no período de seca e o comportamento da comunidade na cheia extrema também foram monitorados. Devido possivelmente à turbulência induzida pelo vento e às variações sazonais do nível da água do lago causada pela subida e descida do Rio Solimões, um gradiente térmico definido não foi encontrado. O oxigênio dissolvido esteve sempre abaixo dos valores de saturação, exceto no período de água baixa, principalmente. A biomassa e a produtividade (por unidade de volume) mostrou picos na estação seca quando a área e a profundidade do lago ficaram grandemente reduzidas. A produtividade anual média foi de 0,46 gC.m-².dia- ¹ e o valor máximo (por unidade de área) foi em julho no início da estação chuvosa. A fração do fitoplâncton de tamanho menor que 55µm tamanho foi responsável por 70-95% da produtividade primária durante onze meses, dentre os dezessete investigados. As taxas de fixação de carbono no escuro foram altas (X = 22,35%), devido, provavelmente, à intensa atividade heterotrófica e em alguns casos às populações de algas envelhecidas. O fitoplâncton consistiu de 262 táxons distribuídos em oito classes: Cyanophyceae 9, Dinophyceae 1, Bacillaryophyceae 13, Chlorophyceae 38, Zygnemaphyceae 11, Crysophyceae 3, Cryptophyceae 2 e Euglenophyceae 185. Entre as Euglenophyceae, Trachelomonas sp. mostrou o maior número de táxons (71), principalmente na estação seca. Embora o número de táxons tenha sido alto devido à abundância de espécies raras, sua biomassa foi negligível. "Florações" foram observadas durante os meses de mais baixa precipitação (setembro-novembro). O pulso de inundação que promoveu grande variação na morfometria do lago e a baixa profundidade da zona eufótica foram os principais fatores que regularam a produtividade fitoplanctônica que pareceu ser temporariamente limitada pelo suprimento de nitrogênio durante a fase de água baixa. O papel das variáveis climatológicas e físico-químicas, inclusive nutrientes, não foi clara de acordo com os indicadores estatísticos. A relação linear positiva entre biomassa (clorofila) e condutividade elétrica foi significativa.
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Tese T 574.52632 R696b (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0501
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Tese (Doutor)- INPA/UFAM, 1994

A comunidade fitoplanctônica de um lago raso e pequeno (Lago Camaleão) localizado na várzea do Rio Solimões foi investigada. Coletas mensais, entre setembro de 1987 e março de 1989, foram realizadas. A composição de espécies, biomassa em termos de clorofila a, número total de indivíduos, volume celular e produtividade primária das frações total e 55µm do fitoplâncton, (pelo método do 14 C), foram estimados, durante o período de investigação. Adicionalmente, o papel dos nutrientes limitantes para o crescimento fitoplanctônico no período de seca e o comportamento da comunidade na cheia extrema também foram monitorados. Devido possivelmente à turbulência induzida pelo vento e às variações sazonais do nível da água do lago causada pela subida e descida do Rio Solimões, um gradiente térmico definido não foi encontrado. O oxigênio dissolvido esteve sempre abaixo dos valores de saturação, exceto no período de água baixa, principalmente. A biomassa e a produtividade (por unidade de volume) mostrou picos na estação seca quando a área e a profundidade do lago ficaram grandemente reduzidas. A produtividade anual média foi de 0,46 gC.m-².dia- ¹ e o valor máximo (por unidade de área) foi em julho no início da estação chuvosa. A fração do fitoplâncton de tamanho menor que 55µm tamanho foi responsável por 70-95% da produtividade primária durante onze meses, dentre os dezessete investigados. As taxas de fixação de carbono no escuro foram altas (X = 22,35%), devido, provavelmente, à intensa atividade heterotrófica e em alguns casos às populações de algas envelhecidas. O fitoplâncton consistiu de 262 táxons distribuídos em oito classes: Cyanophyceae 9, Dinophyceae 1, Bacillaryophyceae 13, Chlorophyceae 38, Zygnemaphyceae 11, Crysophyceae 3, Cryptophyceae 2 e Euglenophyceae 185. Entre as Euglenophyceae, Trachelomonas sp. mostrou o maior número de táxons (71), principalmente na estação seca. Embora o número de táxons tenha sido alto devido à abundância de espécies raras, sua biomassa foi negligível. "Florações" foram observadas durante os meses de mais baixa precipitação (setembro-novembro). O pulso de inundação que promoveu grande variação na morfometria do lago e a baixa profundidade da zona eufótica foram os principais fatores que regularam a produtividade fitoplanctônica que pareceu ser temporariamente limitada pelo suprimento de nitrogênio durante a fase de água baixa. O papel das variáveis climatológicas e físico-químicas, inclusive nutrientes, não foi clara de acordo com os indicadores estatísticos. A relação linear positiva entre biomassa (clorofila) e condutividade elétrica foi significativa.

Área de concentração: Biologia de Água Doce e Pesca Interior.

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