Estudo comparativo da distribuição geoquímica de metais pesados entre duas áreas costeiras contaminadas e uma não contaminada, no litoral Sul do Rio de Janeiro / Cristina Maria Magalhães de Souza.

Por: Souza, Cristina Maria Magalhães deColaborador(es):Lacerda, Luiz Drude de [Orientador]Detalhes da publicação: Niterói 1986Notas: 60 fAssunto(s): Água -- Análise | Água -- Rio de Janeiro -- Poluição por metais | Metais pesadosClassificação Decimal de Dewey: 551.9 Nota de dissertação: Dissertação (mestre)- Universidade Federal Fluminense, 1986 Sumário: A utilização de técnicas de extração seqüencial nas análises de sedimento de fundo, tem sido uma ferramenta importante em estudos de poluição por metais pesados em áreas estuarinas. No presente trabalho, essa técnica é utilizada no estudo comparativo de duas áreas estuarinas contaminadas na Baía de Guanabara com uma área não contaminada na Baía de Mangaratiba, através da distribuição geoquímica de Fe, Mn, Cu, Cd, Cr, Pb e Zn. Os resultados obtidos na área não contaminada mostraram os seguintes intervalos de concentração total em µg.g-¹ (peso seco): Fe = 26331-44959; Mn = 233-609; Cu = 24-31; Cr = 97-108; Cd = 4,9-8,0; Pb = 33-40; Zn = 195-230. Os valores de Fe, Mn e Cu encontram-se abaixo do folhelho médio, enquanto que os de Cr, Cd, Ob e Zn foram de um modo geral comparáveis com este parâmetro. A maior parte dos metais mostrou um decréscimo na sua concentração total em direção ao mar, provavelmente como resultado da diluição por sedimentos marinhos com um baixo conteúdo de metais. A partição geoquímica deses metais apresentou uma preferência pela fração residual ( 65% do total), seguida da fase redutível (30% do total), onde os metais estão ligados a óxidos e hidróxidos de Fe e Mn. As áreas contaminadas apresentaram os seguintes intervalos de concentração total em g.g-¹ (peso seco) para o Rio Estrela: Fe = 11471-114141; Mn = 127-208; Cu = 75-131; Cr = 109-174; Cd = 2,6-3,4; Pb = 38-63; Zn = 87-102, e Rio Iguaçu: Fe = 12084-18783; Mn = 134-292; Cu = 22-191; Cr - 132-611; Cd = 2,3-3,1; Pb = 22-35; Zn = 78-123. Dos metais analisados Cu, Cr e Cd apresentaram concentrações acima do folhelho médio, enquanto que os valores de Pb e Zn mostraram-se comparáveis em seu limite inferior. Apenas Fe e Mn foram inferiores ao folhelho médio. A variação da concentração total ao longo do gradiente de salinidade não apresentou o mesmo pardráo da área não contaminada, uma vez que a distribuição de alguns metais é caracterizada pela presença de fontes pontuais, como é o caso de Cr e Cu em ambos os rios. A partição geoquímica dos metais mostrou um percentual abaixo de 50% do total na fração residual com exceção de Fe, Pb e Cd. Dentre as frações potencialmente disponíveis, a de maior importância para a maioria dos metais foi a fração oxidável (matéria orgânica + sulfetos), atingindo cerca de 80% do total para Cu e Cr. Estes resultados apontam para a existência de um sinergismo entre as altas concentrações de matéria orgânica e a contaminação por metais, uma vez que os metais na fração oxidável poderão ser facilmente remobilizados ao atingirem áreas marinhas mais oxidadas. Por outro lado, pode-se concluir que o uso de extração seqüencial mostrou ser um método eficiente para estudos comparativos entre áreas natural e contaminadas, possibilitando ainda a identificação dos principais poluentes (Cu e Cr), através das frações potencialmente disponíveis para o ambiente aquático.
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Dissertação T 551.9 S729e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0170

Dissertação (mestre)- Universidade Federal Fluminense, 1986

A utilização de técnicas de extração seqüencial nas análises de sedimento de fundo, tem sido uma ferramenta importante em estudos de poluição por metais pesados em áreas estuarinas. No presente trabalho, essa técnica é utilizada no estudo comparativo de duas áreas estuarinas contaminadas na Baía de Guanabara com uma área não contaminada na Baía de Mangaratiba, através da distribuição geoquímica de Fe, Mn, Cu, Cd, Cr, Pb e Zn. Os resultados obtidos na área não contaminada mostraram os seguintes intervalos de concentração total em µg.g-¹ (peso seco): Fe = 26331-44959; Mn = 233-609; Cu = 24-31; Cr = 97-108; Cd = 4,9-8,0; Pb = 33-40; Zn = 195-230. Os valores de Fe, Mn e Cu encontram-se abaixo do folhelho médio, enquanto que os de Cr, Cd, Ob e Zn foram de um modo geral comparáveis com este parâmetro. A maior parte dos metais mostrou um decréscimo na sua concentração total em direção ao mar, provavelmente como resultado da diluição por sedimentos marinhos com um baixo conteúdo de metais. A partição geoquímica deses metais apresentou uma preferência pela fração residual ( 65% do total), seguida da fase redutível (30% do total), onde os metais estão ligados a óxidos e hidróxidos de Fe e Mn. As áreas contaminadas apresentaram os seguintes intervalos de concentração total em g.g-¹ (peso seco) para o Rio Estrela: Fe = 11471-114141; Mn = 127-208; Cu = 75-131; Cr = 109-174; Cd = 2,6-3,4; Pb = 38-63; Zn = 87-102, e Rio Iguaçu: Fe = 12084-18783; Mn = 134-292; Cu = 22-191; Cr - 132-611; Cd = 2,3-3,1; Pb = 22-35; Zn = 78-123. Dos metais analisados Cu, Cr e Cd apresentaram concentrações acima do folhelho médio, enquanto que os valores de Pb e Zn mostraram-se comparáveis em seu limite inferior. Apenas Fe e Mn foram inferiores ao folhelho médio. A variação da concentração total ao longo do gradiente de salinidade não apresentou o mesmo pardráo da área não contaminada, uma vez que a distribuição de alguns metais é caracterizada pela presença de fontes pontuais, como é o caso de Cr e Cu em ambos os rios. A partição geoquímica dos metais mostrou um percentual abaixo de 50% do total na fração residual com exceção de Fe, Pb e Cd. Dentre as frações potencialmente disponíveis, a de maior importância para a maioria dos metais foi a fração oxidável (matéria orgânica + sulfetos), atingindo cerca de 80% do total para Cu e Cr. Estes resultados apontam para a existência de um sinergismo entre as altas concentrações de matéria orgânica e a contaminação por metais, uma vez que os metais na fração oxidável poderão ser facilmente remobilizados ao atingirem áreas marinhas mais oxidadas. Por outro lado, pode-se concluir que o uso de extração seqüencial mostrou ser um método eficiente para estudos comparativos entre áreas natural e contaminadas, possibilitando ainda a identificação dos principais poluentes (Cu e Cr), através das frações potencialmente disponíveis para o ambiente aquático.

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