Estudos citogenéticos no gênero Hoplias Gill, 1903 (Pisces, Erythrinidae) / Luiz Antonio Carlos Bertollo.

Por: Bertollo, Luiz Antonio CarlosColaborador(es):Takahashi, Catarina Satie [Orientador]Detalhes da publicação: Ribeirão Preto [s.n.] 1978Notas: 162 f. : ilAssunto(s): Peixes -- Citogenética | HopliasClassificação Decimal de Dewey: 597.08 Nota de dissertação: Tese (doutor) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 1978 Sumário: Foram desenvolvidos estudos citogenéticos no gênero Hoplias, família Erythrinidae, provenientes de cinco localidades brasileiras diferentes. Por problemas de natureza taxonômica, os exemplares foram denominados, provisoriamente, "Hoplias lacerdae" da Usina de Limoeiro (SP), no "Hoplias malabaricus" da Represa do Lobo (SP), "Hoplias malabaricus" do Rio Aripuanã (MT), "Hoplias malabaricus" do Vale do Rio Doce (MG) e "Hoplias malabaricus" do Rio Juquiá (SP). Entre todas as formas estudadas, "Hoplias lacerdae" da Usina do Limoeiro apresenta um cariótipo bem diferenciado, constituído por 50 cromossomos, nas células somáticas de machos e fêmeas. As evidências obtidas sugerem, para este animal, um mecanismo cromossômico sexual do tipo XX/XY, com heterogametia masculina. "Hoplias malabaricus" da Represa do Lobo possui 2n=40 nas fêmeas e 2n=39 nos machos, os quais correspondem também ao sexo heterogamético, em um mecanismo de cromossomos sexuais múltiplos considerado como X1X1X2X2/X1X2Y e o quarto caso entre os peixes. O cariótipo de "Hoplias malabaricus" do Rio Aripuanã apresenta 2n=40 na fêmea e 2n=41 nos machos, indicando heterogametia masculina em um provável mecanismo de cromossomos sexuais múltiplos do tipo XX/XY1Y2, correspondendo ao primeiro caso entre os peixes. "Hoplias malabaricus" do Vale do Rio Doce e do Rio Juquiá apresentam várias similaridades cariotípicas, ambos com um número diplóide de 42 cromossomos nos machos e nas fêmeas. Novamente, o macho corresponde ao sexo heterogamético em um mecanismo previsto como sendo XX/XY. Os dados acima obtidos concordam com a proposição de Ebeling e Chen (1970), os quais consideram que a heterogametia citológica nos peixes pode ser mais comum do que o suposto, com ocorrência de vários mecanismos cromossômicos. Os pares cromossômicos de números 5 e 6, nos exemplares provenientes do Vale do Rio Doce, apresentam um provável polimorfismo, ou simplesmente variantes cromossômicos, relacionado com o tamanho de um de seus elementos. Recomenda-se um estudo de revisão taxonômica desse gênero, associado aos dados cariotípicos obtidos, determinando-se um"status" para os exemplares analisados. .
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Tese T 597.08 B546e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 00-0526

Tese (doutor) - Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, 1978

Foram desenvolvidos estudos citogenéticos no gênero Hoplias, família Erythrinidae, provenientes de cinco localidades brasileiras diferentes. Por problemas de natureza taxonômica, os exemplares foram denominados, provisoriamente, "Hoplias lacerdae" da Usina de Limoeiro (SP), no "Hoplias malabaricus" da Represa do Lobo (SP), "Hoplias malabaricus" do Rio Aripuanã (MT), "Hoplias malabaricus" do Vale do Rio Doce (MG) e "Hoplias malabaricus" do Rio Juquiá (SP). Entre todas as formas estudadas, "Hoplias lacerdae" da Usina do Limoeiro apresenta um cariótipo bem diferenciado, constituído por 50 cromossomos, nas células somáticas de machos e fêmeas. As evidências obtidas sugerem, para este animal, um mecanismo cromossômico sexual do tipo XX/XY, com heterogametia masculina. "Hoplias malabaricus" da Represa do Lobo possui 2n=40 nas fêmeas e 2n=39 nos machos, os quais correspondem também ao sexo heterogamético, em um mecanismo de cromossomos sexuais múltiplos considerado como X1X1X2X2/X1X2Y e o quarto caso entre os peixes. O cariótipo de "Hoplias malabaricus" do Rio Aripuanã apresenta 2n=40 na fêmea e 2n=41 nos machos, indicando heterogametia masculina em um provável mecanismo de cromossomos sexuais múltiplos do tipo XX/XY1Y2, correspondendo ao primeiro caso entre os peixes. "Hoplias malabaricus" do Vale do Rio Doce e do Rio Juquiá apresentam várias similaridades cariotípicas, ambos com um número diplóide de 42 cromossomos nos machos e nas fêmeas. Novamente, o macho corresponde ao sexo heterogamético em um mecanismo previsto como sendo XX/XY. Os dados acima obtidos concordam com a proposição de Ebeling e Chen (1970), os quais consideram que a heterogametia citológica nos peixes pode ser mais comum do que o suposto, com ocorrência de vários mecanismos cromossômicos. Os pares cromossômicos de números 5 e 6, nos exemplares provenientes do Vale do Rio Doce, apresentam um provável polimorfismo, ou simplesmente variantes cromossômicos, relacionado com o tamanho de um de seus elementos. Recomenda-se um estudo de revisão taxonômica desse gênero, associado aos dados cariotípicos obtidos, determinando-se um"status" para os exemplares analisados. .

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