Acordos de pesca como instrumento de gestão: estudo de caso nos municípios de Boa Vista do Ramos e Parintins - Amazonas / Alzenilson Aquino.

Por: Aquino, AlzenilsonColaborador(es):Silva, Regina [Orientador. ]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n], 2018Notas: 55 f.: ilust., colorAssunto(s): Lago de várzea | População ribeirinha | Recursos pesqueirosClassificação Decimal de Dewey: 333.72 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2018. Sumário: O crescimento populacional mundial, o aumento da pressão sobre os recursos pesqueiros visando atender a demanda de mercado local, nacional e internacional, além da captura do pescado com barcos mais equipados e apetrechos mais eficientes, levou à sobrepesca, causando conflitos pelo recurso. A ausência de políticas públicas para regulamentar as atividades pesqueiras, sobretudo na Amazônia, ocasionou conflitos entre pescadores e moradores de comunidades que vivem do pescado. Uma das ferramentas utilizadas para mitigar os conflitos foram os Acordos de Pesca implementados na região a partir da década de 1995. Este instrumento é regulamentado pelo Ibama e pelas Secretarias Estaduais de Meio Ambiente por meio de Portarias e Instruções Normativas que têm como finalidade garantir o estoque natural e a produção do pescado para as comunidades ribeirinhas. Os Acordos de Pesca são considerados instrumentos dinâmicos e participativos e devem ser avaliados anualmente tendo como base informações disponibilizadas pelo monitoramento. Este trabalho teve como objetivo analisar os Acordos de Pesca como instrumento de gestão no Estado do Amazonas trabalhando-se com uma abordagem qualitativa em dois municípios. Realizou-se levantamento de dados junto aos pescadores locais e às instituições que participaram do processo de elaboração dos Acordos de Pesca e os mantêm. Foram consultados 20 pescadores locais e 11 instituições ligadas à pesca. Procedeu-se, ainda, a leitura e observações de documentos relativos às instruções normativas existentes. O Estado do Amazonas possui 70 Acordos de Pesca, distribuídos em 35 municípios. Os municípios estudados, Boa Vista do Ramos e Parintins, possuem respectivamente três e um Acordos de Pesca. Os Acordos de Pesca analisados em Boa Vista do Ramos e Parintins são considerados como positivos pelos pescadores. Além disso, estes apontaram este instrumento como gerador de benefícios referindo-se à recuperação do estoque pesqueiro, melhoria da renda dos pescadores e promoção da redução de conflitos. No entanto, para os pescadores e instituições é a ausência do poder público que contribui para que os Acordos não funcionem devidamente levando a perda de recursos naturais, da biodiversidade, assim como a diminuição da atividade pesqueira devido à escassez do pescado na região.
Tags desta biblioteca: Sem tags desta biblioteca para este título. Faça o login para adicionar tags.
    Avaliação média: 0.0 (0 votos)
Tipo de material Biblioteca atual Classificação Situação Previsão de devolução Código de barras
Dissertação Dissertação Biblioteca INPA
T 333.72 A657a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2019-0372

Dissertação (mestre) - INPA, 2018.

O crescimento populacional mundial, o aumento da pressão sobre os recursos pesqueiros visando atender a demanda de mercado local, nacional e internacional, além da captura do pescado com barcos mais equipados e apetrechos mais eficientes, levou à sobrepesca, causando conflitos pelo recurso. A ausência de políticas públicas para regulamentar as atividades pesqueiras, sobretudo na Amazônia, ocasionou conflitos entre pescadores e moradores de comunidades que vivem do pescado. Uma das ferramentas utilizadas para mitigar os conflitos foram os Acordos de Pesca implementados na região a partir da década de 1995. Este instrumento é regulamentado pelo Ibama e pelas Secretarias Estaduais de Meio Ambiente por meio de Portarias e Instruções Normativas que têm como finalidade garantir o estoque natural e a produção do pescado para as comunidades ribeirinhas. Os Acordos de Pesca são considerados instrumentos dinâmicos e participativos e devem ser avaliados anualmente tendo como base informações disponibilizadas pelo monitoramento. Este trabalho teve como objetivo analisar os Acordos de Pesca como instrumento de gestão no Estado do Amazonas trabalhando-se com uma abordagem qualitativa em dois municípios. Realizou-se levantamento de dados junto aos pescadores locais e às instituições que participaram do processo de elaboração dos Acordos de Pesca e os mantêm. Foram consultados 20 pescadores locais e 11 instituições ligadas à pesca. Procedeu-se, ainda, a leitura e observações de documentos relativos às instruções normativas existentes. O Estado do Amazonas possui 70 Acordos de Pesca, distribuídos em 35 municípios. Os municípios estudados, Boa Vista do Ramos e Parintins, possuem respectivamente três e um Acordos de Pesca. Os Acordos de Pesca analisados em Boa Vista do Ramos e Parintins são considerados como positivos pelos pescadores. Além disso, estes apontaram este instrumento como gerador de benefícios referindo-se à recuperação do estoque pesqueiro, melhoria da renda dos pescadores e promoção da redução de conflitos. No entanto, para os pescadores e instituições é a ausência do poder público que contribui para que os Acordos não funcionem devidamente levando a perda de recursos naturais, da biodiversidade, assim como a diminuição da atividade pesqueira devido à escassez do pescado na região.

Não há comentários sobre este título.

para postar um comentário.

Clique em uma imagem para visualizá-la no visualizador de imagem

Powered by Koha