Avaliação do semissintético éter metil dilapiol (EMD) em Aedes aegypti, da Amazônia: uma abordagem genotóxica em nível cromossômico / Junielson Soares da Silva.
Detalhes da publicação: Manaus: [s.e], 2018Notas: 91 f. : ilust., colorAssunto(s): Aedes aegypti | Toxicicidade | GenotoxicidadeClassificação Decimal de Dewey: 597.80415 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - INPA, 2018. Sumário: O Aedes aegypti possui grande importância epidemiológica, por ser vetor de arboviroses, e vem apresentando resistência a inseticidas sintéticos. Estudos têm mostrado que o dilapiol, presente no óleo essencial da Piper aduncum, e seus derivados, podem ser alternativas para o controle desse mosquito. Neste trabalho, o éter metil dilapiol (EMD) e o temefós (TF), foram comparados quanto à atividade ovicida e larvicida, por quatro gerações (G1 a G4) sucessivas, quanto à ação genotóxica e alterações no desenvolvimento de A. aegypti. As formas imaturas (ovos e larvas 3º estádio de A. aegypti), foram expostos às concentrações 60, 80, 100, 120 e 140 µg/mL do EMD, 0.002, 0.005, 0.007, 0.01 e 0.02 µg/mL do temefós e ao controle negativo (água e DMSO 0.05%), por 24 e 48 horas, para avaliar a atividade ovicida e larvicida e determinar as concentrações letais (CL50 e CL90). As fêmeas adultas grávidas de A. aegypti, tratadas na fase larval por 4 horas com EMD a 60, 80 e 100µg/mL e TF a 0.002, 0.005 e 0.007 µg/mL, foram separadas para estimar a taxa de oviposição, durante quatro gerações (G1 a G4). Foi verificada a taxa de eclosão e realizada a morfometria do comprimento total dos ovos. Em cada geração, fêz-se preparações citológicas, de neuroblastos de larvas e de ovócitos, para determinar ação genotóxica. Após 24 hs, o EMD e TF, em suas maiores concentrações, 140 µg/mL e 0.02 µg/mL), provocaram 97% e 84% de inviabilidade dos ovos, respectivamente. As CI50 e CI90, foram 60 e 119 µg/mL para o EMD, e de 0.002 e 0.011 µg/mL para o TF. Após 24 hs, estes provocaram 99% e 85% de mortalidade das larvas, nas maiores concentrações, e 100% de mortalidade após 48 h, na concentração 120 e 140 µg/mL do EMD e 0.02 µg/mL do temefós. A CL50 e CL90 após 24 hs, com o EMD foram, 97 e 140 µg/mL e em temefós, 0.005 e 0.019 µg/mL, respectivamente, após 48 h foi de 75 e 99 µg/mL em EMD, e de 0.003 e 0.007 µg/mL em TF, respectivamente. Fêmeas tratadas na fase larval com EMD e temefós, reduziram a oviposição significativamente (Tukey, p < 0.05), comparado ao controle negativo, ao longo das quatro gerações. Ambos produtos reduziram a taxa de eclosão de ovos de fêmeas tratadas em relação àquelas do grupo controle. Houve redução significativa (p < 0.05) no comprimento médio de ovos de fêmeas tratadas com EMD e temefós em relação ao controle negativo, exceto as gerações G1 e G4. O efeito genotóxico de EMD e TF em neuroblastos de larvas e ovócitos de adultos de A. aegypti, em G1 a G4, foi registrado por meio da ocorrência de micronúcleo, má-formação, célula polinucleada, ponte nuclear, brotamento e quebra cromossômica, mas, o EMD apresentou maior frequência desses danos na G4, comparado ao TF. O EMD, nas concentrações testadas, apresentou maiores efeitos tóxicos, genotóxicos e alterações no desenvolvimento em A. aegypti comparado ao TF, mas estudos posteriores serão necessários para maior conhecimento dos efeitos da molécula EMD.Tipo de material | Biblioteca atual | Classificação | Situação | Previsão de devolução | Código de barras |
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Biblioteca INPA | T 597.80415 S586a (Percorrer estante(Abre abaixo)) | Disponível | 2019-0365 |
Dissertação (mestre) - INPA, 2018.
O Aedes aegypti possui grande importância epidemiológica, por ser vetor de arboviroses, e vem apresentando resistência a inseticidas sintéticos. Estudos têm mostrado que o dilapiol, presente no óleo essencial da Piper aduncum, e seus derivados, podem ser alternativas para o controle desse mosquito. Neste trabalho, o éter metil dilapiol (EMD) e o temefós (TF), foram comparados quanto à atividade ovicida e larvicida, por quatro gerações (G1 a G4) sucessivas, quanto à ação genotóxica e alterações no desenvolvimento de A. aegypti. As formas imaturas (ovos e larvas 3º estádio de A. aegypti), foram expostos às concentrações 60, 80, 100, 120 e 140 µg/mL do EMD, 0.002, 0.005, 0.007, 0.01 e 0.02 µg/mL do temefós e ao controle negativo (água e DMSO 0.05%), por 24 e 48 horas, para avaliar a atividade ovicida e larvicida e determinar as concentrações letais (CL50 e CL90). As fêmeas adultas grávidas de A. aegypti, tratadas na fase larval por 4 horas com EMD a 60, 80 e 100µg/mL e TF a 0.002, 0.005 e 0.007 µg/mL, foram separadas para estimar a taxa de oviposição, durante quatro gerações (G1 a G4). Foi verificada a taxa de eclosão e realizada a morfometria do comprimento total dos ovos. Em cada geração, fêz-se preparações citológicas, de neuroblastos de larvas e de ovócitos, para determinar ação genotóxica. Após 24 hs, o EMD e TF, em suas maiores concentrações, 140 µg/mL e 0.02 µg/mL), provocaram 97% e 84% de inviabilidade dos ovos, respectivamente. As CI50 e CI90, foram 60 e 119 µg/mL para o EMD, e de 0.002 e 0.011 µg/mL para o TF. Após 24 hs, estes provocaram 99% e 85% de mortalidade das larvas, nas maiores concentrações, e 100% de mortalidade após 48 h, na concentração 120 e 140 µg/mL do EMD e 0.02 µg/mL do temefós. A CL50 e CL90 após 24 hs, com o EMD foram, 97 e 140 µg/mL e em temefós, 0.005 e 0.019 µg/mL, respectivamente, após 48 h foi de 75 e 99 µg/mL em EMD, e de 0.003 e 0.007 µg/mL em TF, respectivamente. Fêmeas tratadas na fase larval com EMD e temefós, reduziram a oviposição significativamente (Tukey, p < 0.05), comparado ao controle negativo, ao longo das quatro gerações. Ambos produtos reduziram a taxa de eclosão de ovos de fêmeas tratadas em relação àquelas do grupo controle. Houve redução significativa (p < 0.05) no comprimento médio de ovos de fêmeas tratadas com EMD e temefós em relação ao controle negativo, exceto as gerações G1 e G4. O efeito genotóxico de EMD e TF em neuroblastos de larvas e ovócitos de adultos de A. aegypti, em G1 a G4, foi registrado por meio da ocorrência de micronúcleo, má-formação, célula polinucleada, ponte nuclear, brotamento e quebra cromossômica, mas, o EMD apresentou maior frequência desses danos na G4, comparado ao TF. O EMD, nas concentrações testadas, apresentou maiores efeitos tóxicos, genotóxicos e alterações no desenvolvimento em A. aegypti comparado ao TF, mas estudos posteriores serão necessários para maior conhecimento dos efeitos da molécula EMD.
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