Dinâmica do CO2 em ecossistemas aquáticos na bacia Central Amazônica : uma abordagem em múltiplas escalas / João Henrique Fernandes Amaral. -

Por: Amaral, João Henrique FernandesDetalhes da publicação: Manaus : [sem editor], 2017Notas: xxii, 236 f. : ilAssunto(s): Ecossistema aquático | Dióxido de carbonoClassificação Decimal de Dewey: 577.6 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (Doutor) INPA, 2017. Sumário: Anualmente, as planícies fluviais amazônicas contribuem com uma grande quantidade de CO2 para a atmosfera terrestre, influenciando os balanços regional e global do carbono. A dinâmica de CO2 nessas planícies varia espacialmente entre diferentes habitats aquáticos, sazonalmente em função do ciclo hidrológico anual, diariamente em função de ciclos nictémeros de estratificação térmica e metabolismo planctônico e entre anos em resposta a variações climáticas regionais. Nós investigamos variações nas concentrações e emissões de CO2 em múltiplas escalas, incluindo 1) variações sazonais em áreas de água aberta de rios e lagos ao longo dos rios Solimões e Negro durante seis campanhas fluviais entre julho de 2011 e dezembro de 2012, e 2) variações, diárias, sazonais e interanuais em três habitats localizados em 2 sítios meteorologicamente distintos num lago da planície do rio Solimões (lago Janauacá; [3o23' S; 60o18' O]), a partir de medidas de alta resolução realizadas em campanhas mensais entre agosto de 2014 e setembro de 2016. Nos mesmos locais e horas das medidas de CO2, monitoramos variáveis limnológicas e meteorológicas que podem influenciar a dinâmica do CO2. Usando os dados das campanhas fluviais e modelos lineares múltiplos, demonstramos que a pressão parcial de CO2 nos ambientes aquáticos dos rios Negro e Solimões/Amazonas, sistemas biogeoquimicamente distintos, era regulada pelos mesmos fatores biofísicos. Usando os dados obtidos na planície de inundação do lago Janauacá, mostramos que processos físicos e biológicos influenciam simultaneamente as concentrações e emissões de CO2. As variações anuais do nível d’água nessas planícies determinam a distribuição e dinâmica dos produtores primários aquáticos e sua influência sobre as variações na concentração e fluxos de CO2. Os valores do coeficiente de emissão, K, em áreas de floresta alagada e macrófitas flutuante eram menores que as de água aberta, um resultado que tem grandes implicações para as estimativas regionais de emissão de CO2 por áreas alagáveis Amazônicas. Finalmente, a partir de estimativas do metabolismo planctônico, demonstramos que o fitoplâncton é capaz de absorver grandes quantidades de CO2 dissolvido, neutralizando boa parte do CO2 liberado em eventos de mortalidade e decomposição de herbáceas enraizadas que ocorrem na enchente e podem variar significativamente entre anos. A intensidade e importância do metabolismo planctônico para o balanço de carbono dependem da profundidade da coluna d’água e o grau de exposição ao vento das áreas de aguas abertas na planície de inundação.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Tese T 577.6 A485d (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2018-1839

Tese (Doutor) INPA, 2017.

Anualmente, as planícies fluviais amazônicas contribuem com uma grande quantidade de CO2 para a atmosfera terrestre, influenciando os balanços regional e global do carbono. A dinâmica de CO2 nessas planícies varia espacialmente entre diferentes habitats aquáticos, sazonalmente em função do ciclo hidrológico anual, diariamente em função de ciclos nictémeros de estratificação térmica e metabolismo planctônico e entre anos em resposta a variações climáticas regionais. Nós investigamos variações nas concentrações e emissões de CO2 em múltiplas escalas, incluindo 1) variações sazonais em áreas de água aberta de rios e lagos ao longo dos rios Solimões e Negro durante seis campanhas fluviais entre julho de 2011 e dezembro de 2012, e 2) variações, diárias, sazonais e interanuais em três habitats localizados em 2 sítios meteorologicamente distintos num lago da planície do rio Solimões (lago Janauacá; [3o23' S; 60o18' O]), a partir de medidas de alta resolução realizadas em campanhas mensais entre agosto de 2014 e setembro de 2016. Nos mesmos locais e horas das medidas de CO2, monitoramos variáveis limnológicas e meteorológicas que podem influenciar a dinâmica do CO2. Usando os dados das campanhas fluviais e modelos lineares múltiplos, demonstramos que a pressão parcial de CO2 nos ambientes aquáticos dos rios Negro e Solimões/Amazonas, sistemas biogeoquimicamente distintos, era regulada pelos mesmos fatores biofísicos. Usando os dados obtidos na planície de inundação do lago Janauacá, mostramos que processos físicos e biológicos influenciam simultaneamente as concentrações e emissões de CO2. As variações anuais do nível d’água nessas planícies determinam a distribuição e dinâmica dos produtores primários aquáticos e sua influência sobre as variações na concentração e fluxos de CO2. Os valores do coeficiente de emissão, K, em áreas de floresta alagada e macrófitas flutuante eram menores que as de água aberta, um resultado que tem grandes implicações para as estimativas regionais de emissão de CO2 por áreas alagáveis Amazônicas. Finalmente, a partir de estimativas do metabolismo planctônico, demonstramos que o fitoplâncton é capaz de absorver grandes quantidades de CO2 dissolvido, neutralizando boa parte do CO2 liberado em eventos de mortalidade e decomposição de herbáceas enraizadas que ocorrem na enchente e podem variar significativamente entre anos. A intensidade e importância do metabolismo planctônico para o balanço de carbono dependem da profundidade da coluna d’água e o grau de exposição ao vento das áreas de aguas abertas na planície de inundação.

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