Revelando as causas e a distribuição temporal da mortalidade arbórea em uma floresta de terra-firme na Amazônia Central / Clarisse Gouveia Fontes

Por: Fontes, Clarisse GouveiaDetalhes da publicação: Manaus: Sem editor, 2012Notas: vii,63f ilAssunto(s): Projeto jacarandá | Dinâmica florestalClassificação Decimal de Dewey: 577.34 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (Mestre)- INPA, 2012 Sumário: Foi analisado as causas e a distribuição temporal da mortalidade arbórea em 10 ha de floresta não perturbada localizada na E.E.S.T/INPA, Manaus, Amazonas. O estudo teve como objetivo 1) revelar as principais causas da morte arbórea e 2) descrever a variação da mortalidade ao longo do ano além de correlaciona-la com variáveis climáticas. O trabalho foi conduzido em dois transectos de 20 x 2.500m (5 ha cada) e todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10cm foram amostrados, somando 5.808 árvores. Os transectos foram monitorados todos os meses durante um ano de forma alternada. O estado fitossanitário das árvores vivas foi observado em cada uma das medições. Os indivíduos mortos foram classificados de acordo com seu modo de morte (em pé, quebrado ou desenraizado). As condições pré e pós-morte das árvores foram analisadas com a finalidade de se identificar a causa da sua morte. Durante um ano de monitoramento, morreram 67 indivíduos ou 6,7 árvores/ha e a taxa de mortalidade calculada foi de 1,15%.ano-1. Das 67 árvores mortas, 24 morreram desenraizadas, 23 mortas em pé e 20 mortas quebradas. A mortalidade foi altamente correlacionada com as taxas de precipitação mensal (r = 0,85). Portanto, os eventos de morte são mais frequentes na estação chuvosa. A correlação entre mortalidade e velocidade máxima mensal do vento foi fraca e negativa (r = -0,3) e a direção de queda dos indivíduos foi aleatória. Ao todo se determinou seis categorias de causa de morte arbórea. As tempestades (chuva + vento) foram a principal causa, responsável por 45% das mortes. Logo atrás das tempestades veio a causa estresse e fatores bióticos, matando 20 dos 67 indivíduos mortos. Dessas 20 árvores, pelo menos uma foi morta por cipó Apuí e 3 morreram por infestação de fungos patogênicos. Os resultados indicam que a partir dos pequenos intervalos entre as remedições é possível determinar as causas de morte arbórea nas florestas tropicais, além de elucidar o efeito das variações sazonais sobre a mortalidade. O trabalho gerou informações inéditas para a Amazônia e sugerese que esses estudos sejam inseridos nos projetos de monitoramento da dinâmica florestal.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 577.34 F683 (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2018-1721

Dissertação (Mestre)- INPA, 2012

Foi analisado as causas e a distribuição temporal da mortalidade arbórea em 10
ha de floresta não perturbada localizada na E.E.S.T/INPA, Manaus, Amazonas. O
estudo teve como objetivo 1) revelar as principais causas da morte arbórea e 2)
descrever a variação da mortalidade ao longo do ano além de correlaciona-la com
variáveis climáticas. O trabalho foi conduzido em dois transectos de 20 x 2.500m (5 ha
cada) e todos os indivíduos arbóreos com DAP ≥ 10cm foram amostrados, somando
5.808 árvores. Os transectos foram monitorados todos os meses durante um ano de
forma alternada. O estado fitossanitário das árvores vivas foi observado em cada uma
das medições. Os indivíduos mortos foram classificados de acordo com seu modo de
morte (em pé, quebrado ou desenraizado). As condições pré e pós-morte das árvores
foram analisadas com a finalidade de se identificar a causa da sua morte. Durante um
ano de monitoramento, morreram 67 indivíduos ou 6,7 árvores/ha e a taxa de
mortalidade calculada foi de 1,15%.ano-1. Das 67 árvores mortas, 24 morreram
desenraizadas, 23 mortas em pé e 20 mortas quebradas. A mortalidade foi altamente
correlacionada com as taxas de precipitação mensal (r = 0,85). Portanto, os eventos de
morte são mais frequentes na estação chuvosa. A correlação entre mortalidade e
velocidade máxima mensal do vento foi fraca e negativa (r = -0,3) e a direção de queda
dos indivíduos foi aleatória. Ao todo se determinou seis categorias de causa de morte
arbórea. As tempestades (chuva + vento) foram a principal causa, responsável por 45%
das mortes. Logo atrás das tempestades veio a causa estresse e fatores bióticos, matando
20 dos 67 indivíduos mortos. Dessas 20 árvores, pelo menos uma foi morta por cipó
Apuí e 3 morreram por infestação de fungos patogênicos. Os resultados indicam que a
partir dos pequenos intervalos entre as remedições é possível determinar as causas de
morte arbórea nas florestas tropicais, além de elucidar o efeito das variações sazonais
sobre a mortalidade. O trabalho gerou informações inéditas para a Amazônia e sugerese que esses estudos sejam inseridos nos projetos de monitoramento da dinâmica
florestal.

Programa: Ciências de Florestas Tropicais.

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