Dispersão de sementes de Marantaceae: o papel da heterogeneidade ambiental nas interações planta-dispersor e nos padrões de distribuição de ervas de sub-bosque na Amazônia central / Flávia Delgado Santana

Por: Santana, Flávia DelgadoDetalhes da publicação: Manaus: sem editor 2017Notas: x, 110 f. il. colorAssunto(s): Sementes -- Dispersão | MarantaceaeClassificação Decimal de Dewey: 584.39 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese - (Doutor) - INPA 2017 Sumário: Investigamos aspectos da dispersão de sementes de quatro espécies de Marantaceae relacionados à complexidade dos múltiplos dispersores e de uma paisagem heterogênea de terra firme na Amazônia Central. No capítulo 1 comparamos a dispersão de sementes por formigas e grilos entre as espécies de ervas e descobrimos que não há diferença entre o número de sementes removidas por grilos e formigas. Porém grilos removem sementes principalmente no período da noite e tendem a mover as sementes grandes mais longe. Ressaltamos que os grilos, assim como as formigas, podem ter papel importante na dispersão de sementes ariladas. No capítulo 2 utilizamos o framework de efetividade de dispersão (SDE) para comparar o papel de diferentes grupos de dispersores na dispersão e recrutamento das ervas dentro de uma paisagem heterogênea. Perguntamos especificamente se existia relação entre o modo de dispersão atribuído à erva e a contribuição relativa dos diferentes dispersores à efetividade; como a efetividade de dispersão e assembleia de dispersores mudava com relação ao tipo de ambiente; e se existia uma associação entre os locais com maior efetividade, germinação e recrutamento. Encontramos que a dispersão de sementes é realizada principalmente por invertebrados, muitos deles inesperados. Para três das quatro espécies estudadas houve relação entre a síndrome de dispersão atribuída e o grupo dispersor mais efetivo. Entretanto, entre ambientes diferentes, o segundo dispersor mais efetivo pode contribuir desproporcionalmente para o SDE. Além disso, nem sempre o ambiente com maior SDE é também melhor para a germinação e recrutamento. Portanto, os papéis complementares dos dispersores de sementes à escala local de ervas, combinados com as mudanças no padrão de correspondência da SDE e habitat adequado para o recrutamento, devem ajudar a impulsionar a estrutura da comunidade de ervas de sub-bosque dispersas em animais em ambientes heterogêneos tropicais. No capítulo 3 investigamos mudanças na estrutura das populações, padrões de abundância e suas relações com luz e hidrologia, para entender processos de limitação de dispersão e de estabelecimento ao longo de uma paisagem. As ervas com diásporos pequenos foram mais restritas a um tipo de ambiente, sugerindo limitação de dispersão e recrutamento mais associados a ambientes mais iluminados. Ervas com diásporos grandes estiveram mais distribuídas na paisagem sugerindo ausência de limitação de dispersão, e com recrutamento fortemente associado à hidrologia. Portanto, o padrão espacial da paisagem das espécies de ervas emerge da combinação de dispersão e limitação de recrutamento que atuando em diferentes escalas espaciais. Nesta tese, demonstramos que o processo de dispersão de sementes das ervas de sub-bosque é muito mais complexo do que considerado anteriormente e envolve inúmeros dispersores de sementes não antes reconhecidos. A condição de tolerância à sombra das espécies estudadas não está relacionada ao tipo de dispersor de sementes como visto anteriormente. A dispersão é um processo importante para permitir que as espécies estudadas ocupem diferentes habitats, no entanto, os filtros ambientais parecem refinar os padrões de abundância ao longo da paisagem heterogênea.
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Tese T 584.39 S232 (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2018-1725

Tese - (Doutor) - INPA 2017

Investigamos aspectos da dispersão de sementes de quatro espécies de Marantaceae relacionados à complexidade dos múltiplos dispersores e de uma paisagem heterogênea de
terra firme na Amazônia Central. No capítulo 1 comparamos a dispersão de sementes por
formigas e grilos entre as espécies de ervas e descobrimos que não há diferença entre o
número de sementes removidas por grilos e formigas. Porém grilos removem sementes
principalmente no período da noite e tendem a mover as sementes grandes mais longe.
Ressaltamos que os grilos, assim como as formigas, podem ter papel importante na dispersão
de sementes ariladas. No capítulo 2 utilizamos o framework de efetividade de dispersão
(SDE) para comparar o papel de diferentes grupos de dispersores na dispersão e recrutamento
das ervas dentro de uma paisagem heterogênea. Perguntamos especificamente se existia
relação entre o modo de dispersão atribuído à erva e a contribuição relativa dos diferentes
dispersores à efetividade; como a efetividade de dispersão e assembleia de dispersores
mudava com relação ao tipo de ambiente; e se existia uma associação entre os locais com
maior efetividade, germinação e recrutamento. Encontramos que a dispersão de sementes é
realizada principalmente por invertebrados, muitos deles inesperados. Para três das quatro
espécies estudadas houve relação entre a síndrome de dispersão atribuída e o grupo dispersor
mais efetivo. Entretanto, entre ambientes diferentes, o segundo dispersor mais efetivo pode
contribuir desproporcionalmente para o SDE. Além disso, nem sempre o ambiente com maior
SDE é também melhor para a germinação e recrutamento. Portanto, os papéis
complementares dos dispersores de sementes à escala local de ervas, combinados com as
mudanças no padrão de correspondência da SDE e habitat adequado para o recrutamento,
devem ajudar a impulsionar a estrutura da comunidade de ervas de sub-bosque dispersas em
animais em ambientes heterogêneos tropicais. No capítulo 3 investigamos mudanças na
estrutura das populações, padrões de abundância e suas relações com luz e hidrologia, para
entender processos de limitação de dispersão e de estabelecimento ao longo de uma paisagem.
As ervas com diásporos pequenos foram mais restritas a um tipo de ambiente, sugerindo
limitação de dispersão e recrutamento mais associados a ambientes mais iluminados. Ervas
com diásporos grandes estiveram mais distribuídas na paisagem sugerindo ausência de
limitação de dispersão, e com recrutamento fortemente associado à hidrologia. Portanto, o
padrão espacial da paisagem das espécies de ervas emerge da combinação de dispersão e
limitação de recrutamento que atuando em diferentes escalas espaciais. Nesta tese,
demonstramos que o processo de dispersão de sementes das ervas de sub-bosque é muito mais
complexo do que considerado anteriormente e envolve inúmeros dispersores de sementes não
antes reconhecidos. A condição de tolerância à sombra das espécies estudadas não está
relacionada ao tipo de dispersor de sementes como visto anteriormente. A dispersão é um
processo importante para permitir que as espécies estudadas ocupem diferentes habitats, no
entanto, os filtros ambientais parecem refinar os padrões de abundância ao longo da paisagem
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