Dinâmica da cobertura florestal e ocorrência de incêndios florestais e suas implicações na gestão da Reserva Extrativista Chico Mendes / Flúvio de Sousa Mascarenhas

Por: Mascarenhas, Flúvio de SousaColaborador(es):Brown, Irving Foster [Orientador] | Silva, Sonaira Souza da [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2017Notas: 52 f.: il., color.; 30 cmAssunto(s): Desmatamento | Incêndios florestais | Reserva Extrativista -- Chico MendesClassificação Decimal de Dewey: 333.72 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017 Sumário: A Amazônia brasileira compõe 41 % das florestas tropicais úmidas do mundo e permite ao Brasil ser um país protagonista nas questões florestais. Entretanto, também atrai a atenção mundial, devido ao continuo aumento do desmatamento, da perda de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos. As áreas protegidas têm agido como barreiras ao desmatamento e a degradação florestal, entretanto, esta capacidade se torna frágil quando os agentes do desmatamento conseguem romper a barreira da proteção legal destas áreas protegidas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi compreender a dinâmica do desmatamento e degradação florestal na Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), Acre, Brasil, e suas implicações para a gestão desta unidade de conservação A análise foi dividia em dois capítulos: Capítulo I - Dinâmica de incêndios florestais na Reserva Extrativista Chico Mendes – Acre e Capítulo II - Dinâmica da cobertura florestal na Reserva Extrativista Chico Mendes: um exemplo de desafio de gestão de unidades de conservação na Amazônia. No Capítulo I foi analisada a série histórica de imagens Landsat de 1984 a 2015 e processada pelo software Claslite com a aplicação da equação BSI (BurnScar Index). Foi identificada como cicatrizes de incêndios florestais uma área de 50.363 ha, área equivalente ao total desflorestado segundo Prodes nesta unidade de conservação. Os anos com maior ocorrência dos incêndios florestais foram 2005 (80%) e 2010 (19%). Foram identificados 11 polígonos maiores que 1.000 ha, representando 52% do total da área de cicatrizes. As fisionomias florestais mais afetadas foram florestas abertas com bambu (53%) e florestas aluviais (20%). O ano de 2005 tornou-se o marco na gestão de incêndios florestais no Estado do Acre e, consequentemente, para a Resex Chico Mendes. Em anos de seca extrema, a floresta deixa de ser barreira e torna-se para combustível ao fogo. No Capítulo II, foi analisada a série histórica disponível de dados de desmatamento, Prodes (1997 a 2014) e Hansen (2000 a 2014), assim o processo de regeneração florestal de Hansen et al. de 2000 a 2012. Os dados históricos do Prodes para a Resex Chico Mendes mostram 55.948 ha de desmatamento até 2014, representando 6% da área da Resex. Em análise anual com dados de Prodes e Hansen et al., observa-se divergência entre os anos com maior taxa de desmatamento, sendo para Prodes o ano de 2004 com 4.462 ha/ano e Hansen em 2005 com uma área de 5.317 ha/ano. Foram identificados três seringais como os mais críticos para controle do desmatamento na Resex, Nova Esperança (52% de sua área desmatada), Santa Fé (55%de sua área desmatada) e Rubicon (42%de sua área desmatada). Estes seringais estão próximos da rodovia BR-317 que conecta outros estados brasileiros ao Peru pela rodovia Interoceânica, sendo pressionado pela expansão pecuária das fazendas do entorna da Resex. O ganho de floresta pela regeneração foi de 2.796 ha, representando 10% do total de desmatamento por Hansen de 2000 a 2012. A Resex possui sistema dinâmico na recuperação da floresta das atividades antrópicas, com 43 seringais de 46, apresentando regeneração natural. A análise do desmatamento por dois métodos independentes aumenta a confiabilidade nas informações do desmatamento e auxilia na tomada de decisão em processos de fiscalização de comando e controle. Este trabalho conclui que há mais uma ameaça à integridade da Resex Chico Mendes, os incêndios florestais e que o monitoramento do desmatamento há divergências nos métodos usados, entretanto tem auxiliado ambos servem para monitorar o controle com eficácia, permitindo a compreensão da dinâmica da cobertura florestal com dados gratuitos e de domínio público.
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Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017

A Amazônia brasileira compõe 41 % das florestas tropicais úmidas do mundo e permite ao Brasil ser um país protagonista nas questões florestais. Entretanto, também atrai a atenção mundial, devido ao continuo aumento do desmatamento, da perda de biodiversidade e de serviços ecossistêmicos. As áreas protegidas têm agido como barreiras ao desmatamento e a degradação florestal, entretanto, esta capacidade se torna frágil quando os agentes do desmatamento conseguem romper a barreira da proteção legal destas áreas protegidas. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi compreender a dinâmica do desmatamento e degradação florestal na Reserva Extrativista Chico Mendes (Resex), Acre, Brasil, e suas implicações para a gestão desta unidade de conservação A análise foi dividia em dois capítulos: Capítulo I - Dinâmica de incêndios florestais na Reserva Extrativista Chico Mendes – Acre e Capítulo II - Dinâmica da cobertura florestal na Reserva Extrativista Chico Mendes: um exemplo de desafio de gestão de unidades de conservação na Amazônia. No Capítulo I foi analisada a série histórica de imagens Landsat de 1984 a 2015 e processada pelo software Claslite com a aplicação da equação BSI (BurnScar Index). Foi identificada como cicatrizes de incêndios florestais uma área de 50.363 ha, área equivalente ao total desflorestado segundo Prodes nesta unidade de conservação. Os anos com maior ocorrência dos incêndios florestais foram 2005 (80%) e 2010 (19%). Foram identificados 11 polígonos maiores que 1.000 ha, representando 52% do total da área de cicatrizes. As fisionomias florestais mais afetadas foram florestas abertas com bambu (53%) e florestas aluviais (20%). O ano de 2005 tornou-se o marco na gestão de incêndios florestais no Estado do Acre e, consequentemente, para a Resex Chico Mendes. Em anos de seca extrema, a floresta deixa de ser barreira e torna-se para combustível ao fogo. No Capítulo II, foi analisada a série histórica disponível de dados de desmatamento, Prodes (1997 a 2014) e Hansen (2000 a 2014), assim o processo de regeneração florestal de Hansen et al. de 2000 a 2012. Os dados históricos do Prodes para a Resex Chico Mendes mostram 55.948 ha de desmatamento até 2014, representando 6% da área da Resex. Em análise anual com dados de Prodes e Hansen et al., observa-se divergência entre os anos com maior taxa de desmatamento, sendo para Prodes o ano de 2004 com 4.462 ha/ano e Hansen em 2005 com uma área de 5.317 ha/ano. Foram identificados três seringais como os mais críticos para controle do desmatamento na Resex, Nova Esperança (52% de sua área desmatada), Santa Fé (55%de sua área desmatada) e Rubicon (42%de sua área desmatada). Estes seringais estão próximos da rodovia BR-317 que conecta outros estados brasileiros ao Peru pela rodovia Interoceânica, sendo pressionado pela expansão pecuária das fazendas do entorna da Resex. O ganho de floresta pela regeneração foi de 2.796 ha, representando 10% do total de desmatamento por Hansen de 2000 a 2012. A Resex possui sistema dinâmico na recuperação da floresta das atividades antrópicas, com 43 seringais de 46, apresentando regeneração natural. A análise do desmatamento por dois métodos independentes aumenta a confiabilidade nas informações do desmatamento e auxilia na tomada de decisão em processos de fiscalização de comando e controle. Este trabalho conclui que há mais uma ameaça à integridade da Resex Chico Mendes, os incêndios florestais e que o monitoramento do desmatamento há divergências nos métodos usados, entretanto tem auxiliado ambos servem para monitorar o controle com eficácia, permitindo a compreensão da dinâmica da cobertura florestal com dados gratuitos e de domínio público.

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