Sistemática e história natural de anfíbios anuros das nascentes dos rios Samã e Miang em áreas de altitude do Escudo da Guiana em Roraima (amphibia, anura) = Systematics and natural history of anuran amphibians in the headwaters of the rivers samã and miang in altitudinal areas of the guiana shield in roraima (Amphibia, Anura) Fernando Robert Sousa da Silva

Por: Silva , Fernando Robert Sousa daColaborador(es):Carvalho, Celso Morato de [Orientador] | Cardoso, Silvia Regina Travaglia [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2016Notas: 137 f.: il.; 30 cmAssunto(s): Anfíbios anuros -- Escudo da Guiana | Geografia -- distribuiçãoClassificação Decimal de Dewey: 597.6 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016 Sumário: Nos estudos sobre distribuições faunísticas é coerente adotarmos regiões naturalmente delimitadas, porque nos permite interpretar melhor os resultados, além de gerar dados mais seguros sobre diferenciações biológicas. Em Roraima estudos desta natureza podem, dependendo da pergunta da pesquisa, inserir a unidade geográfica do trabalho no Escudo da Guiana, formação geológica antiga que abrange parte da Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e norte da Amazônia. Neste estudo sobre sistemática e distribuição de anfíbios anuros, em escala regional e geral abrangendo várias formações vegetais, a unidade geográfica de trabalho refere-se às nascentes dos rios Samã e Miang, ambos situados em áreas de altitude do Escudo da Guiana em Roraima, em região que faz a transição entre a Bacia de Boa Vista brasileira, região do lavrado, e a Gran Sabana venezuelana, região dos tepuyes. A premissa é que como a unidade geográfica do estudo está inserida no Escudo da Guiana, a sua anurofauna é associada a esta formação – a maioria das espécies, mais de 50%, terá ocorrência restrita a esta formação geológica. A hipótese de trabalho faz o contraponto: não há uma anurofauna restrita ou endêmica do Escudo da Guiana. Ao todo foram registradas na unidade geográfica de trabalho 26 espécies distribuídas em 8 famílias: Hylidae 6 gêneros e 11 espécies, Leptodactylidae 3 gêneros e 6 espécies, Bufonidae 2 gêneros e 4 espécies; Allophrynidae, Centrolenidae, Craugastoridae, Microhylidae e Ranidae compareceram com uma espécie cada. No Escudo da Guiana ocorrem 270 espécies de anuros, destas 145 são ditas endêmicas e apenas duas registradas no estudo se enquadram neste endemismo – Elachistocleis surinamensis e Hypsiboas benitezi. Pelo exposto conclui-se que não há uma anurofauna endêmica do Escudo da Guiana nas nascentes dos rios amostrados no presente estudo, embora todas as 24 espécies identificadas ocorram na área do Escudo – duas são novas dos gêneros Pristimantis e Vitreorana. Pelo menos 12 espécies estão restritas à Amazônia e norte da América do Sul, incluindo estas duas enquadradas como endêmicas (A. ruthveni, R. guttatus, R. margaritifera, R. merianae, H. boans, H. benitezi, O. taurinus, A. andreae, L. bolivianus, L. knudseni, E. surinamensis e S. wandae). Com relação às demais 14 espécies, 12 têm ampla distribuição e 2 são novas. Com relação à história natural, há picos curtos onde toda a população se expõe por um ou dois dias depois de chuvas intensas (Phyllomedusa, Allophryne, Trachycephalus, Elachistocleis e Vitreorana), e a reprodução das demais 22 espécies é contínua ao longo de todo o período das chuvas. Com relação às desovas e desenvolvimento de girinos há nove variações entre desovas no chão, na água e nas árvores. Com relação à abundância de indivíduos por espécie Pristimantis sp., H. benitezi e H. multifasciatus foram as espécies mais abundantes e as mais frequentes, seguido por H. geographicus, O. taurinus e L. fuscus.
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Dissertação T 597.6 H586s (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2018-0166

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016

Nos estudos sobre distribuições faunísticas é coerente adotarmos regiões naturalmente delimitadas, porque nos permite interpretar melhor os resultados, além de gerar dados mais seguros sobre diferenciações biológicas. Em Roraima estudos desta natureza podem, dependendo da pergunta da pesquisa, inserir a unidade geográfica do trabalho no Escudo da Guiana, formação geológica antiga que abrange parte da Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e norte da Amazônia. Neste estudo sobre sistemática e distribuição de anfíbios anuros, em escala regional e geral abrangendo várias formações vegetais, a unidade geográfica de trabalho refere-se às nascentes dos rios Samã e Miang, ambos situados em áreas de altitude do Escudo da Guiana em Roraima, em região que faz a transição entre a Bacia de Boa Vista brasileira, região do lavrado, e a Gran Sabana venezuelana, região dos tepuyes. A premissa é que como a unidade geográfica do estudo está inserida no Escudo da Guiana, a sua anurofauna é associada a esta formação – a maioria das espécies, mais de 50%, terá ocorrência restrita a esta formação geológica. A hipótese de trabalho faz o contraponto: não há uma anurofauna restrita ou endêmica do Escudo da Guiana. Ao todo foram registradas na unidade geográfica de trabalho 26 espécies distribuídas em 8 famílias: Hylidae 6 gêneros e 11 espécies, Leptodactylidae 3 gêneros e 6 espécies, Bufonidae 2 gêneros e 4 espécies; Allophrynidae, Centrolenidae, Craugastoridae, Microhylidae e Ranidae compareceram com uma espécie cada. No Escudo da Guiana ocorrem 270 espécies de anuros, destas 145 são ditas endêmicas e apenas duas registradas no estudo se enquadram neste endemismo – Elachistocleis surinamensis e Hypsiboas benitezi. Pelo exposto conclui-se que não há uma anurofauna endêmica do Escudo da Guiana nas nascentes dos rios amostrados no presente estudo, embora todas as 24 espécies identificadas ocorram na área do Escudo – duas são novas dos gêneros Pristimantis e Vitreorana. Pelo menos 12 espécies estão restritas à Amazônia e norte da América do Sul, incluindo estas duas enquadradas como endêmicas (A. ruthveni, R. guttatus, R. margaritifera, R. merianae, H. boans, H. benitezi, O. taurinus, A. andreae, L. bolivianus, L. knudseni, E. surinamensis e S. wandae). Com relação às demais 14 espécies, 12 têm ampla distribuição e 2 são novas. Com relação à história natural, há picos curtos onde toda a população se expõe por um ou dois dias depois de chuvas intensas (Phyllomedusa, Allophryne, Trachycephalus, Elachistocleis e Vitreorana), e a reprodução das demais 22 espécies é contínua ao longo de todo o período das chuvas. Com relação às desovas e desenvolvimento de girinos há nove variações entre desovas no chão, na água e nas árvores. Com relação à abundância de indivíduos por espécie Pristimantis sp., H. benitezi e H. multifasciatus foram as espécies mais abundantes e as mais frequentes, seguido por H. geographicus, O. taurinus e L. fuscus.

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