Estudo sobre a comunidade Ticuna Bom Caminho e sua relação com o Arumã através do uso de ferramentas participativas / Rita Dácio Falcão

Por: Falcão, Rita DácioColaborador(es):Py-Daniel, Victor [Orientador] | Silva, Iatiçara Oliveira da [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2014Notas: 75 f.: il., color.; 30 cmAssunto(s): Arumã | CestariaClassificação Decimal de Dewey: 745.5 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014 Sumário: Este estudo foi realizado na comunidade indígena Ticuna Bom Caminho situada no município de Benjamin Constant, reconhecida nacionalmente pela produção de artesanatos. O artesanato, principal fonte de geração de renda da comunidade conta com o apoio da Associação das Mulheres Artesãs Ticuna de Bom Caminho – AMATÜ. A associação foi criada com a finalidade de organizar a produção e comercialização dos artesanatos o qual é o ponto forte da comunidade, visando à valorização e divulgação da cultura Ticuna como patrimônio, como também, a elaboração de projetos para o desenvolvimento da comunidade. O trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre a relação da população Ticuna de Bom Caminho com o Recurso Natural arumã, uma planta herbácea cujas fibras são utilizadas para confeccionar vários produtos do artesanato indígena. A coleta dos dados se deu através das ferramentas participativas: Linha do tempo, Calendário Sazonal, Mapa Falado do Momento Atual e da matriz FOFA (Fortaleza, Oportunidade, Fraqueza e Ameaça). As mulheres da comunidade sempre trabalharam com a cestaria, mas trabalhavam de forma isolada, produziam para serem utilizadas em casa, nas roças e raramente eram vendidas. Quando não conseguiam vender, as cestas eram trocadas por roupas, utensílios domésticos e produtos alimentícios nas cidades mais próximas como Benjamin Constant, Tabatinga e Letícia na Colômbia. A partir da criação da AMATÜ as artesãs começaram a se organizar e a trabalhar juntas, com o apoio da AMATÜ participaram de cursos de aperfeiçoamento artesanal proporcionando maior qualidade ao produto e melhor aceitação no mercado, surgindo assim encomendas em grande escala. Dessa forma, houve um elevado aumento na produção artesanal e consequentemente na renda familiar e na qualidade de vida das artesãs. Com isso, a principal matéria prima utilizada para confeccionar as cestarias, o arumã, vem sofrendo grande pressão. Por consequência esse recurso natural está desaparecendo das proximidades da comunidade, dificultando assim o trabalho das artesãs, pois o tempo gasto para coletar o arumã já serviria para desenvolver outras atividades. Sendo assim, essa matéria prima de suma importância para os artesãos de Bom Caminho precisa ser melhor cuidada para que no futuro não falte e não prejudique a principal fonte de renda das famílias dessa comunidade.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 745.5 F178e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2018-0119

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2014

Este estudo foi realizado na comunidade indígena Ticuna Bom Caminho situada no município de Benjamin Constant, reconhecida nacionalmente pela produção de artesanatos. O artesanato, principal fonte de geração de renda da comunidade conta com o apoio da Associação das Mulheres Artesãs Ticuna de Bom Caminho – AMATÜ. A associação foi criada com a finalidade de organizar a produção e comercialização dos artesanatos o qual é o ponto forte da comunidade, visando à valorização e divulgação da cultura Ticuna como patrimônio, como também, a elaboração de projetos para o desenvolvimento da comunidade. O trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre a relação da população Ticuna de Bom Caminho com o Recurso Natural arumã, uma planta herbácea cujas fibras são utilizadas para confeccionar vários produtos do artesanato indígena. A coleta dos dados se deu através das ferramentas participativas: Linha do tempo, Calendário Sazonal, Mapa Falado do Momento Atual e da matriz FOFA (Fortaleza, Oportunidade, Fraqueza e Ameaça). As mulheres da comunidade sempre trabalharam com a cestaria, mas trabalhavam de forma isolada, produziam para serem utilizadas em casa, nas roças e raramente eram vendidas. Quando não conseguiam vender, as cestas eram trocadas por roupas, utensílios domésticos e produtos alimentícios nas cidades mais próximas como Benjamin Constant, Tabatinga e Letícia na Colômbia. A partir da criação da AMATÜ as artesãs começaram a se organizar e a trabalhar juntas, com o apoio da AMATÜ participaram de cursos de aperfeiçoamento artesanal proporcionando maior qualidade ao produto e melhor aceitação no mercado, surgindo assim encomendas em grande escala. Dessa forma, houve um elevado aumento na produção artesanal e consequentemente na renda familiar e na qualidade de vida das artesãs. Com isso, a principal matéria prima utilizada para confeccionar as cestarias, o arumã, vem sofrendo grande pressão. Por consequência esse recurso natural está desaparecendo das proximidades da comunidade, dificultando assim o trabalho das artesãs, pois o tempo gasto para coletar o arumã já serviria para desenvolver outras atividades. Sendo assim, essa matéria prima de suma importância para os artesãos de Bom Caminho precisa ser melhor cuidada para que no futuro não falte e não prejudique a principal fonte de renda das famílias dessa comunidade.

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