Estrutura Filogeográfica de populações de Roupala montana Aublet. (Proteaceae), em áreas de savanas da Amazônia e Brasil central / Thailliny Moraes Santos

Por: Santos, Thailliny MoraesColaborador(es): Lemes, Maristerra Rodrigues [Orientadora] | Gribel, Rogério [Coorientador] | Sanaiotti, Tânia Margarete [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017Notas: xvi, 57 f.: il. , color. ; 30 cmAssunto(s): Filogeografia | Savanas -- AmazônicasClassificação Decimal de Dewey: 583.2 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017 Sumário: Áreas de savana disjuntas encontradas dentro da floresta amazônica têm sido interpretadas como evidências biogeográficas de um processo de expansão e retração deste tipo de vegetação seca durante as flutuações climáticas no Período Quaternário. Pouco se sabe, no entanto, sobre a diversidade das savanas isoladas na Amazônia e como o fluxo gênico com as savanas contínuas do Brasil Central variaram no tempo e no espaço geográfico. Neste estudo, a diversidade genética e estrutura populacional da espécie arbórea Roupala montana foi investigada em áreas de savanas do Brasil Central e em enclaves de savanas na Amazônia. Para tal foi analisada a variabilidade genética em três locos microssatélites e duas regiões não codificadoras do genoma do cloroplasto (psbA/trnH e trnG/trnS). Ao todo 170 indivíduos pertencentes a 25 populações de R. montana foram amostrados. Foi encontrada uma elevada diversidade genética, evidenciada pela ocorrência de 39 haplótipos para microssatélites e 26 haplótipos para regiões não codificantes do cpDNA. Apenas oito haplótipos foram compartilhados entre populações do cerrado-central e cerrados amazônicos para dados microssatélites, nenhum compartilhamento de haplótipos entre essas duas regiões foi encontrado para os dados de sequências. Os resultados sugerem um isolamento de longo prazo entre as savanas amazônicas e também delas em relação as savanas do Brasil Central. Um alto número de haplótipos exclusivos e elevada diferenciação genética foi evidenciado para as populações de R. montana amostradas. Os dados também demonstram que as savanas isoladas da Amazônia foram colonizadas por linhagens de R. montana oriundas da região “core” das savanas do Brasil Central, enfatizando que houve um conexão entre essas regiões o que provavelmente permitiu a dispersão da espécie. Cada conjunto de fragmento de savana isolado na Amazônia são redutos de linhagens genéticas únicas e os padrões de distribuição da variabilidade genética encontrados podem servir como embasamento para definição de estratégias de conservação para savanas brasileiras em geral.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 583.2 S237e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2017-0483

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017

Áreas de savana disjuntas encontradas dentro da floresta amazônica têm sido interpretadas como evidências biogeográficas de um processo de expansão e retração deste tipo de vegetação seca durante as flutuações climáticas no Período Quaternário. Pouco se sabe, no entanto, sobre a diversidade das savanas isoladas na Amazônia e como o fluxo gênico com as savanas contínuas do Brasil Central variaram no tempo e no espaço geográfico. Neste estudo, a diversidade genética e estrutura populacional da espécie arbórea Roupala montana foi investigada em áreas de savanas do Brasil Central e em enclaves de savanas na Amazônia. Para tal foi analisada a variabilidade genética em três locos microssatélites e duas regiões não codificadoras do genoma do cloroplasto (psbA/trnH e trnG/trnS). Ao todo 170 indivíduos pertencentes a 25 populações de R. montana foram amostrados. Foi encontrada uma elevada diversidade genética, evidenciada pela ocorrência de 39 haplótipos para microssatélites e 26 haplótipos para regiões não codificantes do cpDNA. Apenas oito haplótipos foram compartilhados entre populações do cerrado-central e cerrados amazônicos para dados microssatélites, nenhum compartilhamento de haplótipos entre essas duas regiões foi encontrado para os dados de sequências. Os resultados sugerem um isolamento de longo prazo entre as savanas amazônicas e também delas em relação as savanas do Brasil Central. Um alto número de haplótipos exclusivos e elevada diferenciação genética foi evidenciado para as populações de R. montana amostradas. Os dados também demonstram que as savanas isoladas da Amazônia foram colonizadas por linhagens de R. montana oriundas da região “core” das savanas do Brasil Central, enfatizando que houve um conexão entre essas regiões o que provavelmente permitiu a dispersão da espécie. Cada conjunto de fragmento de savana isolado na Amazônia são redutos de linhagens genéticas únicas e os padrões de distribuição da variabilidade genética encontrados podem servir como embasamento para definição de estratégias de conservação para savanas brasileiras em geral.

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