Adubação verde com ingá (inga edulis) em solo latossolo amarelo de quintais agroflorestais na Amazônia Central / Mauricio Cesar Sinicio Abib

Por: Abib , Mauricio Cesar SinicioColaborador(es):Souza, Luiz Augusto Gomes de [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, 2017Notas: 57 f.: il. , color. ; 30 cmAssunto(s): Ingá (Botânica) | Adubação verdeClassificação Decimal de Dewey: 583.748 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017 Sumário: Os quintais agroflorestais da terra firme na região tropical têm em comum o uso de solos distróficos álicos, com acidez elevada, e progressivo declínio de produtividade pela baixa disponibilidade de recursos. Foi desenvolvido um experimento para avaliar formas de adubação, com cinco tratamentos: testemunha, fertilização química e deposição da biomassa podada de ingá (Inga edulis) com 3,69% de N, nas recomendações de 15, 30 e 45 t/ha-1, aplicados em parcelas de 40 m2. As características químicas do solo foram acompanhadas em três amostragens feitas ao início, aos 4 e 6 meses após aplicação das formas de adubação, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm. A fertilização química foi constituída por N, P, K, calcário dolomítico e micronutrientes na forma de FTE. Plantas de jucá (Libidibia ferrea var. ferrea) foram cultivadas como indicadoras em linhas no interior das parcelas com 1,5 m entre plantas. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em arranjo fatorial 5 x 3 x 2, considerando-se formas de adubação, épocas e profundidade do solo, com três repetições. O crescimento do jucá foi acompanhado por medidas de altura, diâmetro do colo e estimativas mensais de crescimento, com delineamento de blocos casualizados e três repetições de 4 plantas. Aos seis meses da aplicação de 45 t ha-1 de biomassa podada de ingá, foi identificado aumento na disponibilidade de nutrientes no solo, com redução da acidez e toxidez de Al3+. Os valores médios de relação C/N de 10,63 favoreceram processos de mineralização. Os benefícios iniciais ao solo mantiveram o padrão de distribuição normal de nutrientes para as duas profundidades. O crescimento de plantas de jucá evidenciou os benefícios da adubação verde praticada em cobertura ao solo. Em seis meses, as plantas de jucá que receberam maior quantidade de biomassa de adubo verde apresentaram maior crescimento em altura e diâmetro do colo, com incremento mensal de crescimento do caule principal de 12,5 cm mês-1. Nos meses que se sucederam, a prática da fertilização química convencional promoveu efeitos comparáveis com a adubação verde de 45 t ha-1 de biomassa de ingá, embora sua distribuição localizada, quando aplicada em coroamento, desconsidera o potencial de liberação de nutrientes de forma homogênea nos solos que receberam matéria orgânica. Os quintais agroflorestais pesquisados apresentaram recursos de agrobiodiversidade comumente mantido pelos agricultores, com maior incidência das famílias botânicas Anacardiaceae e Arecaceae, predominância de espécies nativas, com destaque para as fruteiras arbóreas cupuaçu e mari.
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Dissertação T 583.748 A148a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2017-0412

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017

Os quintais agroflorestais da terra firme na região tropical têm em comum o uso de solos distróficos álicos, com acidez elevada, e progressivo declínio de produtividade pela baixa disponibilidade de recursos. Foi desenvolvido um experimento para avaliar formas de adubação, com cinco tratamentos: testemunha, fertilização química e deposição da biomassa podada de ingá (Inga edulis) com 3,69% de N, nas recomendações de 15, 30 e 45 t/ha-1, aplicados em parcelas de 40 m2. As características químicas do solo foram acompanhadas em três amostragens feitas ao início, aos 4 e 6 meses após aplicação das formas de adubação, nas profundidades de 0-10 e 10-20 cm. A fertilização química foi constituída por N, P, K, calcário dolomítico e micronutrientes na forma de FTE. Plantas de jucá (Libidibia ferrea var. ferrea) foram cultivadas como indicadoras em linhas no interior das parcelas com 1,5 m entre plantas. O delineamento experimental foi o de blocos casualizados em arranjo fatorial 5 x 3 x 2, considerando-se formas de adubação, épocas e profundidade do solo, com três repetições. O crescimento do jucá foi acompanhado por medidas de altura, diâmetro do colo e estimativas mensais de crescimento, com delineamento de blocos casualizados e três repetições de 4 plantas. Aos seis meses da aplicação de 45 t ha-1 de biomassa podada de ingá, foi identificado aumento na disponibilidade de nutrientes no solo, com redução da acidez e toxidez de Al3+. Os valores médios de relação C/N de 10,63 favoreceram processos de mineralização. Os benefícios iniciais ao solo mantiveram o padrão de distribuição normal de nutrientes para as duas profundidades. O crescimento de plantas de jucá evidenciou os benefícios da adubação verde praticada em cobertura ao solo. Em seis meses, as plantas de jucá que receberam maior quantidade de biomassa de adubo verde apresentaram maior crescimento em altura e diâmetro do colo, com incremento mensal de crescimento do caule principal de 12,5 cm mês-1. Nos meses que se sucederam, a prática da fertilização química convencional promoveu efeitos comparáveis com a adubação verde de 45 t ha-1 de biomassa de ingá, embora sua distribuição localizada, quando aplicada em coroamento, desconsidera o potencial de liberação de nutrientes de forma homogênea nos solos que receberam matéria orgânica. Os quintais agroflorestais pesquisados apresentaram recursos de agrobiodiversidade comumente mantido pelos agricultores, com maior incidência das famílias botânicas Anacardiaceae e Arecaceae, predominância de espécies nativas, com destaque para as fruteiras arbóreas cupuaçu e mari.

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