Análise multi-anual da dinâmica de produção de serapilheira fina em uma floresta da Amazônia Central /

Por: Conceição, Adriana Castro deColaborador(es):Quesada, Carlos Alberto Nobre [Orientador] | Hofhansl, Florian [Coorientador] | Monteiro, Maria Terezinha [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n], 2017Notas: 88f; ilAssunto(s): Serapilheira | Biomassa aérea | Anomalias climáticasClassificação Decimal de Dewey: 634.9283 Recursos online: Clique aqui para acessar versão on-line. Nota de dissertação: Dissertação (Mestrado) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Universidade do Estado do Amazonas - UEA, 2017. Sumário: Eventos extremos de variáveis climáticas, principalmente precipitação, estão associados às anomalias de temperatura registradas em porções especificas dos oceanos Pacifico e Atlântico. Assim, este trabalho avaliou os efeitos do clima (incluindo anomalias do Atlântico e Pacífico) sobre a dinâmica da serapilheira em escala multi-anual (10 anos) ao longo de um gradiente topográfico distinto: platô, vertente e baixio. Este estudo foi desenvolvido na Reserva Biológica do Cuieiras, onde está instalada a torre K34, situada na área de pesquisa do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), localizada a 60 km ao norte da cidade de Manaus. As coletas de serapilheira fina foram obtidas a cada quinze dias através de coletores de 50x50 cm em 9 sub-parcelas distribuídas nas três posições topográficas. A produção interanual de serapilheira fina (formada por folhas, galhos, materiais reprodutivos e resíduos), durante os anos de 2005 a 2014 variou de 9,4 a 7,1 t/ha para a floresta de platô, 9,4 a 7,2 t/ha na floresta de vertente e 7,9 a 6,2 t/ha na floresta de baixio (Figura 5). Na área do platô a produção máxima ocorreu no ano de 2005 e nas áreas da vertente e baixio no ano de 2009, anos de maior influência das anomalias climáticas. Houve diferença significativa entre os anos nas três posições topográficas, apresentando relações significativa das anomalias de temperatura do oceano Atlântico e Pacifico. Nos anos estudados a produção de serapilheira e seus componentes apresentaram também um comportamento sazonal interanual com a maior produção em meses de menor precipitação (junho a novembro) e menor produção em meses mais chuvosos (dezembro a maio). No ano de 2005 a serapilheira respondeu significativamente a anomalia do TSMAN enquanto que para o ano de 2009 houve influencias tanto do ATSM do Pacifico (El Niño) quanto do Atlântico (Norte-positivo). Com isso observou- se conexões entre a produção de serapilheira fina e as anomalias climáticas que afetam a Amazônia; sugerindo que a produção de serapilheira e seus componentes em florestas de terra- firme estarão relacionados às mudanças climáticas, que direta ou indiretamente irão influenciar variações anômalas das temperaturas da superfície do mar.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 634.9283 C744a (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2017-0404

Dissertação (Mestrado) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, Universidade do Estado do Amazonas - UEA, 2017.

Eventos extremos de variáveis climáticas, principalmente precipitação, estão associados às anomalias de temperatura registradas em porções especificas dos oceanos Pacifico e Atlântico. Assim, este trabalho avaliou os efeitos do clima (incluindo anomalias do Atlântico e Pacífico) sobre a dinâmica da serapilheira em escala multi-anual (10 anos) ao longo de um gradiente topográfico distinto: platô, vertente e baixio. Este estudo foi desenvolvido na Reserva Biológica do Cuieiras, onde está instalada a torre K34, situada na área de pesquisa do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), localizada a 60 km ao norte da cidade de Manaus. As coletas de serapilheira fina foram obtidas a cada quinze dias através de coletores de 50x50 cm em 9 sub-parcelas distribuídas nas três posições topográficas. A produção interanual de serapilheira fina (formada por folhas, galhos, materiais reprodutivos e resíduos), durante os anos de 2005 a 2014 variou de 9,4 a 7,1 t/ha para a floresta de platô, 9,4 a 7,2 t/ha na floresta de vertente e 7,9 a 6,2 t/ha na floresta de baixio (Figura 5). Na área do platô a produção máxima ocorreu no ano de 2005 e nas áreas da vertente e baixio no ano de 2009, anos de maior influência das anomalias climáticas. Houve diferença significativa entre os anos nas três posições topográficas, apresentando relações significativa das anomalias de temperatura do oceano Atlântico e Pacifico. Nos anos estudados a produção de serapilheira e seus componentes apresentaram também um comportamento sazonal interanual com a maior produção em meses de menor precipitação (junho a novembro) e menor produção em meses mais chuvosos (dezembro a maio). No ano de 2005 a serapilheira respondeu significativamente a anomalia do TSMAN enquanto que para o ano de 2009 houve influencias tanto do ATSM do Pacifico (El Niño) quanto do Atlântico (Norte-positivo). Com isso observou- se conexões entre a produção de serapilheira fina e as anomalias climáticas que afetam a Amazônia; sugerindo que a produção de serapilheira e seus componentes em florestas de terra- firme estarão relacionados às mudanças climáticas, que direta ou indiretamente irão influenciar variações anômalas das temperaturas da superfície do mar.

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