Variabilidade da ocorrência de deslizamentos de terra e sua relação com a precipitação na cidade de Manaus /

Por: Barbosa, Rafael GomesColaborador(es):Souza, Rodrigo Augusto Ferreira de [Orientador] | Oliveira, Maria Betânia Leal de [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n], 2017Notas: 92f. il.colorAssunto(s): Precipitação | Deslizamentos | ManausClassificação Decimal de Dewey: 551.577 Recursos online: Clique aqui para acessar a versão on-line. Nota de dissertação: Dissertação (Mestrado) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017. Sumário: A partir da criação da Zona Franca de Manaus a capital amazonense sofreu crescimento populacional acentuado devido ao êxodo provocado pela geração de atividades comerciais e agrárias, tendo o território urbano tomado conta das zonas mais afastadas, sem infraestrutura básica. A cidade é caracterizada como uma região plana seccionada por cursos de água (igarapés) com o nível topográfico aumentando de acordo com a distância do rio da mesma maneira que a declividade. Desta forma, a associação das características físicas do terreno às sociais formou zonas de risco com 23 mil residências (Defesa Civil do Amazonas, 2013) sujeitas a fenômenos como deslizamentos de terra, problema agravado pelo marcante regime local de precipitação. Para explorar a ocorrência desses desastres naturais e sua relação com as chuvas, foram utilizados registros de deslizamentos de terra da Defesa Civil de Manaus, entre 2010 e 2015, juntamente com registros de precipitação de uma rede de estações meteorológicas automáticas e estimativas de precipitação por Radar meteorológico, além de imagens de satélite, dados de radiossondagens, Reanálise do NCEP e analises sinóticas. As análises indicaram forte relação entre as variáveis, com a sazonalidade das ocorrências acompanhando a da precipitação – maior (menor) número de deslizamentos ocorrendo predominantemente nos meses mais chuvosos (secos). De acordo com as observações de ocorrências de deslizamentos as zonas norte e leste são as mais atingidas, e as zonas centro-sul e centro-oeste foram as que menos apresentaram registros. Considerando acumulados de precipitação entre 24 e 96 h que antecederam os registros feitos pela Defesa Civil, foram observados menores valores de precipitação relacionados a deslizamentos nas zonas norte e leste, e para as demais zonas valores de precipitação mais altos para o desencadeamento desses desastres. Os estudos de caso mostraram que os deslizamentos ocorreram devido a precipitação acumulada em dias seguidos (saturação gradual do solo) e a eventos de precipitação mais intensa em um único dia. Diante dos resultados, tem-se que os deslizamentos não estão espacialmente distribuídos na cidade sendo as zonas norte e leste as mais afetadas em razão das características geográficas associadas à precipitação. Ainda, se faz necessário a utilização de um período maior e diferentes fontes de dados para elucidar montantes específicos de precipitação capazes de gerar os fenômenos naturais em questão.
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Dissertação (Mestrado) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2017.

A partir da criação da Zona Franca de Manaus a capital amazonense sofreu crescimento populacional acentuado devido ao êxodo provocado pela geração de atividades comerciais e agrárias, tendo o território urbano tomado conta das zonas mais afastadas, sem infraestrutura básica. A cidade é caracterizada como uma região plana seccionada por cursos de água (igarapés) com o nível topográfico aumentando de acordo com a distância do rio da mesma maneira que a declividade. Desta forma, a associação das características físicas do terreno às sociais formou zonas de risco com 23 mil residências (Defesa Civil do Amazonas, 2013) sujeitas a fenômenos como deslizamentos de terra, problema agravado pelo marcante regime local de precipitação. Para explorar a ocorrência desses desastres naturais e sua relação com as chuvas, foram utilizados registros de deslizamentos de terra da Defesa Civil de Manaus, entre 2010 e 2015, juntamente com registros de precipitação de uma rede de estações meteorológicas automáticas e estimativas de precipitação por Radar meteorológico, além de imagens de satélite, dados de radiossondagens, Reanálise do NCEP e analises sinóticas. As análises indicaram forte relação entre as variáveis, com a sazonalidade das ocorrências acompanhando a da precipitação – maior (menor) número de deslizamentos ocorrendo predominantemente nos meses mais chuvosos (secos). De acordo com as observações de ocorrências de deslizamentos as zonas norte e leste são as mais atingidas, e as zonas centro-sul e centro-oeste foram as que menos apresentaram registros. Considerando acumulados de precipitação entre 24 e 96 h que antecederam os registros feitos pela Defesa Civil, foram observados menores valores de precipitação relacionados a deslizamentos nas zonas norte e leste, e para as demais zonas valores de precipitação mais altos para o desencadeamento desses desastres. Os estudos de caso mostraram que os deslizamentos ocorreram devido a precipitação acumulada em dias seguidos (saturação gradual do solo) e a eventos de precipitação mais intensa em um único dia. Diante dos resultados, tem-se que os deslizamentos não estão espacialmente distribuídos na cidade sendo as zonas norte e leste as mais afetadas em razão das características geográficas associadas à precipitação. Ainda, se faz necessário a utilização de um período maior e diferentes fontes de dados para elucidar montantes específicos de precipitação capazes de gerar os fenômenos naturais em questão.

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