Crescimento e fotossíntese de Carapa surinamensis Miq. (Meliaceae) em resposta à elevada concentração de CO 2 e déficit hídrico / Marcilia Freitas de Oliveira

Por: Oliveira, Marcilia Freitas deColaborador(es):Marenco, Ricardo Antonio [Orientador]Detalhes da publicação: Manaus: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - NPA, 2016Notas: 68f.; 30 cmAssunto(s): Carapa surinamensis | Andiroba | Mudanças climáticasClassificação Decimal de Dewey: 634.97 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016 Sumário: Muitos modelos têm sido feitos na tentativa de prognosticar como mudanças climáticas podem influenciar a fisiologia das árvores, entretanto, a maioria dos estudos concentra-se em áreas de florestas temperadas, tendo poucas pesquisas que mostrem como aumentos na concentração de CO 2 e mudanças nos regimes hídricos influenciam o funcionamento de árvores tropicais principalmente espécies da Amazônia. A floresta Amazônica tem grande importância no ciclo do carbono e no regime hídrico regional, portanto é importante que essa lacuna no conhecimento seja preenchida. Para tanto os objetivos desse estudo foram determinar como o enriquecimento com CO 2 e o déficit hídrico afetam os parâmetros da fotossíntese e a produção de biomassa em uma espécie florestal da Amazônia (Carapa surinamensis Miq.). O estudo foi realizado em câmara de crescimento e em casa de vegetação no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em Manaus-AM. Foram aplicados os seguintes tratamentos: dois níveis de CO 2 (400 - atual e 700 ppm - estimativa para 2100) e dois regimes hídricos (solo com 100 e 50% da capacidade de campo). Os tratamentos de CO 2 elevado foram conduzidos em câmara de crescimento e os tratamentos de CO 2 ambiente em casa de vegetação. O experimento começou com plantas em idade de seis meses e teve duração de 163 dias. Foram determinados parâmetros de trocas gasosas, de crescimento e de biomassa das plantas. As plantas crescidas em alto CO 2 não experimentaram aclimatação da fotossíntese, o que mostra que o aumento do CO 2 futuro causará impacto positivo sobre as taxas fotossintéticas, pois foi verificado que a fotossíntese das plantas submetidas a 700 ppm de CO 2 aumentou em 100% e o ganho de biomassa foi 62% maior do que em plantas cultivadas no CO 2 ambiente (400 ppm). Além disso, as plantas em alto CO 2 apresentaram aumento de 200% na eficiência no uso da água da planta inteira o que mitigou os efeitos do déficit hídrico. A restrição hídrica levou à diminuição da produção de biomassa (54%) e redução da área foliar em 47%, por outro lado aumentou em 35% a eficiência no uso da água da planta inteira. Estes resultados são consistentes com modelos que preveem que o aumento do CO 2 atmosférico pode reforçar o papel da floresta amazônica como sumidouro de carbono em uma escala global.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Dissertação T 634.97 O48c (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2017-0313

Dissertação (mestre) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016

Muitos modelos têm sido feitos na tentativa de prognosticar como mudanças climáticas podem influenciar a fisiologia das árvores, entretanto, a maioria dos estudos concentra-se em áreas de florestas temperadas, tendo poucas pesquisas que mostrem como aumentos na concentração de CO 2 e mudanças nos regimes hídricos influenciam o funcionamento de árvores tropicais principalmente espécies da Amazônia. A floresta Amazônica tem grande importância no ciclo do carbono e no regime hídrico regional, portanto é importante que essa lacuna no conhecimento seja preenchida. Para tanto os objetivos desse estudo foram determinar como o enriquecimento com CO 2 e o déficit hídrico afetam os parâmetros da fotossíntese e a produção de biomassa em uma espécie florestal da Amazônia (Carapa surinamensis Miq.). O estudo foi realizado em câmara de crescimento e em casa de vegetação no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) em Manaus-AM. Foram aplicados os seguintes tratamentos: dois níveis de CO 2 (400 - atual e 700 ppm - estimativa para 2100) e dois regimes hídricos (solo com 100 e 50% da capacidade de campo). Os tratamentos de CO 2 elevado foram conduzidos em câmara de crescimento e os tratamentos de CO 2 ambiente em casa de vegetação. O experimento começou com plantas em idade de seis meses e teve duração de 163 dias. Foram determinados parâmetros de trocas gasosas, de crescimento e de biomassa das plantas. As plantas crescidas em alto CO 2 não experimentaram aclimatação da fotossíntese, o que mostra que o aumento do CO 2 futuro causará impacto positivo sobre as taxas fotossintéticas, pois foi verificado que a fotossíntese das plantas submetidas a 700 ppm de CO 2 aumentou em 100% e o ganho de biomassa foi 62% maior do que em plantas cultivadas no CO 2 ambiente (400 ppm). Além disso, as plantas em alto CO 2 apresentaram aumento de 200% na eficiência no uso da água da planta inteira o que mitigou os efeitos do déficit hídrico. A restrição hídrica levou à diminuição da produção de biomassa (54%) e redução da área foliar em 47%, por outro lado aumentou em 35% a eficiência no uso da água da planta inteira. Estes resultados são consistentes com modelos que preveem que o aumento do CO 2 atmosférico pode reforçar o papel da floresta amazônica como sumidouro de carbono em uma escala global.

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