Estrutura , composição e diversidade em florestas alagáveis de várzea de maré e de igapó e suas relações com variáveis edáficas e o período de inundação n o Amapá, Amazônia oriental, Brasil./ Marcelo de Jesus Veiga Carim.

Por: Carim, Marcelo de Jesus VeigaColaborador(es):Wittmann, Florian Karl [Orientador] | Fernandez Piedade, Maria Teresa [Coorientadora ]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2016Notas: 97 f.:il., p&bAssunto(s): Florestas alagáveis -- Várzea -- IgapóClassificação Decimal de Dewey: 574.929 Recursos online: Clique aqui para acessar a versão digital Nota de dissertação: Tese (Doutorado) ---INPA, Manaus, 2016. Sumário: O objetivo deste estudo foi avaliar os padrões ecológicos e fitossociológicos em florestas alagáveis de várzea e igapó sob diferentes regimes de inundações e suas relações com variáveis ambientais, especialmente solo no Estado do Amapá, Amazônia oriental, Brasil. Foram registrados todos os indivíduos arbóreos, vivos, com diâmetro à altura do peito (DAP) ≥ 10 cm. Inve ntariou - se 26 parcelas de 100 x 100 m (1 ha cada), distribuídas em 13 hectares em cada tipologia florestal. As análises de gradientes, realizadas por meio de análise de componentes principais e análise de correspondência canônica foram suficientes para exp licar a associação das parcelas e a distribuição das espécies. Optou - se por avaliar a biomassa acima do solo através do modelo alométrico já testado em florestas úmidas em que considera as variáveis de densidade da madeira ( p ), altura (H) e a área basal (A B). Registrou - se 10.575 árvores pertencentes 343 espécies, 172 gêneros e 49 famílias, com densidade média de 406.73 ± 61.27 árvores ha - 1 e 27.2 ± 11.13 m 2 ha - 1 de área basal nos 26 hectares amostrados. Fabaceae, Arecaceae, Malvaceae, Meliaceae e Rubiaceae, foram mais importantes na várzea, juntas responderam por 74.76 do índice de valor de importância familiar (IVIF%). Para o igapó destacaram - se Fabaceae, Lecythidaceae, Euphorbiaceae, Malvaceae e Arecaceae, juntas responderam por 57.05 do índice de valor de importância (IVIF%). H ouve diferença significativa entre os dois tipos de floresta em termos de número médio de indivíduos, espécies, diversidade e altura. No entanto, não diferiram significativamente para média de equabilidade, diâmetro, dominância e áre a basal. No igapó, acidez, alumínio, regime de inundação, potássio e areia influenciaram a distribuição das espécies, em ordem decrescente de significância. Na várzea, a associação das espécies com as variáveis ambientais mostraram associação com a capacid ade de troca catiônica, saturação de bases, regime de inundação, potássio e, antagonicamente a silte, cálcio, fósforo e pH. A biomassa estimada para os dois ecossistemas, apresentaram praticamente a mesma média ( 198,56 Mg/ha - 1 ) . No igapó a amplitude maior foi de 326,83 Mg ha - 1 e na várzea foi 272,12 Mg ha - 1 . O regime de inundação teve média de 61±25,69 dias/ano e 21±1,33 dias/ano, respectivamente, no igapó e na várzea. Na várzea a parcela com menor biomassa foi positivamente relacionada com o período de inu ndação. No igapó foi negativamente relacionada com pH e fração de silte. No geral, a biomassa apresentou pouca relação com as variáveis edáficas nos dois ambientes. Conclui - se que por mais que as variáveis hidroedáficas caracterizam as diferenças no gradiente ambiental, estas apresentaram pouco reflexo na distribuição das espécies e, estas, respondem basicamente ao período de inundação e a acidez do solo.
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Tese T574.929 C277e (Percorrer estante(Abre abaixo)) Disponível 2017-0249

Tese (Doutorado) ---INPA, Manaus, 2016.

O objetivo deste estudo foi avaliar os padrões ecológicos e fitossociológicos em
florestas alagáveis de várzea e
igapó sob diferentes regimes de inundações e suas relações com
variáveis ambientais, especialmente solo no Estado do Amapá, Amazônia oriental, Brasil.
Foram registrados todos os indivíduos arbóreos, vivos, com diâmetro à altura do peito (DAP)
≥ 10 cm. Inve
ntariou
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se 26 parcelas de 100 x 100 m (1 ha cada), distribuídas em 13 hectares
em cada tipologia florestal. As análises de gradientes, realizadas por meio de análise de
componentes principais e análise de correspondência canônica foram suficientes para exp
licar
a associação das parcelas e a distribuição das espécies.
Optou
-
se por avaliar a biomassa acima
do solo através do modelo alométrico já testado em florestas úmidas em que considera as
variáveis de densidade da madeira (
p
), altura (H) e a área basal (A
B).
Registrou
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se 10.575
árvores pertencentes 343 espécies, 172 gêneros e 49 famílias, com
densidade média de 406.73
± 61.27 árvores ha
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1
e
27.2
± 11.13
m
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de área basal nos 26 hectares amostrados. Fabaceae,
Arecaceae, Malvaceae, Meliaceae e Rubiaceae,
foram mais importantes na várzea, juntas
responderam por 74.76 do índice de valor de importância familiar (IVIF%). Para o igapó
destacaram
-
se Fabaceae, Lecythidaceae, Euphorbiaceae, Malvaceae e Arecaceae, juntas
responderam por 57.05 do índice de valor de
importância (IVIF%). H
ouve diferença
significativa entre os dois tipos de floresta em termos de número médio de indivíduos, espécies,
diversidade e altura. No entanto, não diferiram significativamente para média de equabilidade,
diâmetro, dominância e áre
a basal. No igapó, acidez, alumínio, regime de inundação, potássio
e areia influenciaram a distribuição das espécies, em ordem decrescente de significância. Na
várzea, a associação das espécies com as variáveis ambientais mostraram associação com a
capacid
ade de troca catiônica, saturação de bases, regime de inundação, potássio e,
antagonicamente a silte, cálcio, fósforo e pH.
A biomassa estimada para os dois ecossistemas,
apresentaram praticamente a mesma média (
198,56 Mg/ha
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1
)
. No igapó a amplitude maior
foi
de
326,83 Mg ha
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1
e na várzea foi 272,12 Mg ha
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1
. O regime de inundação teve média de
61±25,69 dias/ano e 21±1,33 dias/ano, respectivamente, no igapó e na várzea. Na várzea a
parcela com menor biomassa foi positivamente relacionada com o período de inu
ndação. No
igapó foi negativamente relacionada com pH e fração de silte. No geral, a biomassa apresentou
pouca relação com as variáveis edáficas nos dois ambientes.
Conclui
-
se que
por mais que as
variáveis hidroedáficas caracterizam as diferenças no gradiente ambiental, estas apresentaram
pouco reflexo na distribuição das espécies e, estas, respondem basicamente ao período de
inundação e a acidez do solo.

Inglês

Área de concentração: Botânica.

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