Uso e seleção de recursos por Harpia em múltiplas escalas espaciais: persistência e vulnerabilidade / Francisca Helena Aguiar da Silva

Por: Silva, Francisca Helena Aguiar daColaborador(es):Sanaiotti, Tânia Margarete [Orientadora] | Albernaz, Ana Luisa Kerti Mangabeira [Coorientadora]Detalhes da publicação: Manaus: [s.n.], 2016Notas: xviii, 149 f.: il., colorAssunto(s): Ecologia | Gavião-RealClassificação Decimal de Dewey: 598.94 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese (Doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016 Sumário: Estudos sobre os efeitos do desflorestamento e da fragmentação florestal sobre espécies e processos ecológicos têm fornecido subsídios importantes à conservação da biodiversidade. A harpia (Harpia harpyja) é uma ave de rapina predadora de vida longa, e fiel aos sítios de nidificação, utilizando a mesma árvore-ninho por décadas. A sua permanência em paisagens fragmentadas pode significar alta capacidade de persistência. Esta tese descreve aspectos da ecologia da harpia revelados por técnicas de monitoramento remoto, como imagens de satélite, movimentos individuais registrados por rádio transmissores via satélite e fotos coletas por armadilhas-fotográficas. No Capítulo I, a dinâmica da paisagem ao longo de 10 anos no entorno de ninhos localizados na Amazônia, Cerrado, Pantanal e Floresta Atlântica foi quantificada em multi-escala a partir de imagens de satélites. A maioria dos ninhos localizados ao longo das estradas possui entorno heterogêneo em diversos usos antropogênicos, como agricultura e pastos, e na região do arco do desflorestamento, o hábitat remanescente está desconectado funcionalmente para a dispersão de juvenis de harpia. A diversidade funcional das espécies de presas consumidas nos ninhos apresentou tendência de que o desflorestamento pode estar interferindo na disponibilidade de recursos. Ainda que as áreas protegidas tenham contribuído para a permanência de sítios reprodutivos da harpia na Floresta Atlântica, na Amazônia, estes também serão os últimos refúgios da espécie, com implicações negativas para a viabilidade populacional da harpia nestas regiões. Estes resultados indicam as regiões prioritárias para as quais ações de manejo e conservação da harpia e dos hábitats remanescentes devem ser direcionadas: Floresta Atlântica, região de influência da BR163 e BR230, leste e sudoeste da Amazônia. No Capítulo II, com radiotransmissores via satélite foi possível quantificar a área de uso de três harpias em diferentes situações de ameaça e conservação na Amazônia. No Capítulo III, por meio de imagens de armadilhas-fotográficas instaladas em nove ninhos de harpia na Amazônia e Cerrado, descrevemos interações interespecíficas relacionadas com a altura dos ninhos, e o risco de predação para outras espécies utilizando os ninhos desta grande águia. No Capítulo IV, a disponibilização de dados amostrados por métodos padronizados (método RAPELD) permitiu a comparação dos recursos disponíveis e utilizados pela harpia em uma região do rio Xingu, na Amazônia.
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Tese (Doutor) - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA, 2016

Estudos sobre os efeitos do desflorestamento e da fragmentação florestal sobre espécies e processos ecológicos têm fornecido subsídios importantes à conservação da biodiversidade. A harpia (Harpia harpyja) é uma ave de rapina predadora de vida longa, e fiel aos sítios de nidificação, utilizando a mesma árvore-ninho por décadas. A sua permanência em paisagens fragmentadas pode significar alta capacidade de persistência. Esta tese descreve aspectos da ecologia da harpia revelados por técnicas de monitoramento remoto, como imagens de satélite, movimentos individuais registrados por rádio transmissores via satélite e fotos coletas por armadilhas-fotográficas. No Capítulo I, a dinâmica da paisagem ao longo de 10 anos no entorno de ninhos localizados na Amazônia, Cerrado, Pantanal e Floresta Atlântica foi quantificada em multi-escala a partir de imagens de satélites. A maioria dos ninhos localizados ao longo das estradas possui entorno heterogêneo em diversos usos antropogênicos, como agricultura e pastos, e na região do arco do desflorestamento, o hábitat remanescente está desconectado funcionalmente para a dispersão de juvenis de harpia. A diversidade funcional das espécies de presas consumidas nos ninhos apresentou tendência de que o desflorestamento pode estar interferindo na disponibilidade de recursos. Ainda que as áreas protegidas tenham contribuído para a permanência de sítios reprodutivos da harpia na Floresta Atlântica, na Amazônia, estes também serão os últimos refúgios da espécie, com implicações negativas para a viabilidade populacional da harpia nestas regiões. Estes resultados indicam as regiões prioritárias para as quais ações de manejo e conservação da harpia e dos hábitats remanescentes devem ser direcionadas: Floresta Atlântica, região de influência da BR163 e BR230, leste e sudoeste da Amazônia. No Capítulo II, com radiotransmissores via satélite foi possível quantificar a área de uso de três harpias em diferentes situações de ameaça e conservação na Amazônia. No Capítulo III, por meio de imagens de armadilhas-fotográficas instaladas em nove ninhos de harpia na Amazônia e Cerrado, descrevemos interações interespecíficas relacionadas com a altura dos ninhos, e o risco de predação para outras espécies utilizando os ninhos desta grande águia. No Capítulo IV, a disponibilização de dados amostrados por métodos padronizados (método RAPELD) permitiu a comparação dos recursos disponíveis e utilizados pela harpia em uma região do rio Xingu, na Amazônia.

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