Variação temporal e espacial na produtividade de raízes finas em uma floresta da Amazônia central / Erick Manuel Oblitas Mendoza.

Por: Mendoza, Erick Manuel OblitasColaborador(es):Feldpausch, Ted Ronald [Orientador] | Quesada, Carlos Alberto Nobre [Coorientador]Detalhes da publicação: Manuas: [s.n.], 2016Notas: 100f.: ilAssunto(s): Floresta tropical -- Reserva Florestal Adolpho Ducke (Manaus, AM) | Raízes (Botânica)Classificação Decimal de Dewey: 581.498 Recursos online: Clique aqui para acessar online Nota de dissertação: Tese Doutor - INPA, 2016. Sumário: A compreensão da produtividade primária em muitos ecossistemas, incluindo florestas tropicais faz-se necessária, devido à escassez de informações em vários de seus componentes, assim como sua importância no ciclo do carbono em ecossistemas terrestres. A maior parte dos estudos tem enfocado em investigar a produtividade das florestas nos seus componentes acima do solo, de forma que pouco se conhece ainda sobre a dinâmica da produtividade e da ciclagem de nutrientes feitas pelas raízes abaixo do solo, o que está ligado principalmente à dificuldade de se tem em estudar esse compartimento em ecossistemas florestais. Além disso, os poucos estudos sobre produtividade de raízes existentes na Amazônia, foram feitos em um número pequeno de parcelas e sobre curto intervalo de tempo, de forma que foi dada pouca atenção à variabilidade espacial ou temporal da produtividade de raízes finas. Neste contexto os estoques e a produtividade de raízes finas (RP) foram avaliadas em 9 parcelas de 0,5 ha em florestas de terra firme localizadas na Reserva Florestal Adolfo Ducke. Os solos tiveram suas propriedades físicas e químicas avaliadas ao longo do tempo. Tendo sido a Rp analisadas em relação ao papel controlador dos fatores ambientais e da posição topográfica regional (platô, vertente e baixio). As áreas de platô tiveram um menor valor de RP (1,58±0,12 Mg C ha-1 ano- 1) quando comparada com os valores de baixio (2,48±0,28 Mg C ha-1 ano-1). As áreas de vertente se comportaram de forma semelhante às áreas do platô com 1,57±0,08 Mg C ha-1 ano -1. Em quanto ao tempo de residência no solo as raízes finas nas áreas de baixio têm em media um tempo de 5 meses e as áreas de platô 3 em media três meses. A RP não se mostrou sensível à disponibilidade de nutrientes no solo, mas parece responder aos níveis de disponibilidade de água, porém de forma complexa. A estrutura da floresta tem também forte influência nos níveis de Rp. A produtividade primária líquida (PPL) foi calculada, com auxilio de dados da literatura para as mesmas parcelas de estudo, em 8,34 Mg C ha-1 ano-1 para platô, 7,82 Mg C ha-1 ano-1 para a vertente e 7,81 Mg C ha-1 ano-1 para o baixio, respectivamente. Entretanto a alocação entre acima e abaixo do solo foi diferente, com baixios alocando em média 32% da PPL abaixo do solo enquanto platô+vertente alocaram apenas 19,8%. A morfologia das raízes finas das vertentes e baixios não apresentaram mudanças em relação a disponibilidade de agua, em quanto os platôs na estação seca tiveram maior mortalidade. As informações aqui apresentadas tem potencial para contribuir para o aperfeiçoamento das estimativas regionais de produtividade primária na Amazônia, permitindo modelar sua dinâmica a partir de outras variáveis mais facilmente mensuráveis, notadamente a precipitação e a biomassa florestal.
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Livro Livro Biblioteca INPA
Tese T 581.498 M539 (Percorrer estante(Abre abaixo)) 1 Não pode ser emprestado 2017-0134

Tese Doutor - INPA, 2016.

A compreensão da produtividade primária em muitos ecossistemas, incluindo florestas tropicais faz-se necessária, devido à escassez de informações em vários de seus componentes, assim como sua importância no ciclo do carbono em ecossistemas terrestres. A maior parte dos estudos tem enfocado em investigar a produtividade das florestas nos seus componentes acima do solo, de forma que pouco se conhece ainda sobre a dinâmica da produtividade e da ciclagem de nutrientes feitas pelas raízes abaixo do solo, o que está ligado principalmente à dificuldade de se tem em estudar esse compartimento em ecossistemas florestais. Além disso, os poucos estudos sobre produtividade de raízes existentes na Amazônia, foram feitos em um número pequeno de parcelas e sobre curto intervalo de tempo, de forma que foi dada pouca atenção à variabilidade espacial ou temporal da produtividade de raízes finas. Neste contexto os estoques e a produtividade de raízes finas (RP) foram avaliadas em 9 parcelas de 0,5 ha em florestas de terra firme localizadas na Reserva Florestal Adolfo Ducke. Os solos tiveram suas propriedades físicas e químicas avaliadas ao longo do tempo. Tendo sido a Rp analisadas em relação ao papel controlador dos fatores ambientais e da posição topográfica regional (platô, vertente e baixio). As áreas de platô tiveram um menor valor de RP (1,58±0,12 Mg C ha-1 ano- 1) quando comparada com os valores de baixio (2,48±0,28 Mg C ha-1 ano-1). As áreas de vertente se comportaram de forma semelhante às áreas do platô com 1,57±0,08 Mg C ha-1 ano -1. Em quanto ao tempo de residência no solo as raízes finas nas áreas de baixio têm em media um tempo de 5 meses e as áreas de platô 3 em media três meses. A RP não se mostrou sensível à disponibilidade de nutrientes no solo, mas parece responder aos níveis de disponibilidade de água, porém de forma complexa. A estrutura da floresta tem também forte influência nos níveis de Rp. A produtividade primária líquida (PPL) foi calculada, com auxilio de dados da literatura para as mesmas parcelas de estudo, em 8,34 Mg C ha-1 ano-1 para platô, 7,82 Mg C ha-1 ano-1 para a vertente e 7,81 Mg C ha-1 ano-1 para o baixio, respectivamente. Entretanto a alocação entre acima e abaixo do solo foi diferente, com baixios alocando em média 32% da PPL abaixo do solo enquanto platô+vertente alocaram apenas 19,8%. A morfologia das raízes finas das vertentes e baixios não apresentaram mudanças em relação a disponibilidade de agua, em quanto os platôs na estação seca tiveram maior mortalidade. As informações aqui apresentadas tem potencial para contribuir para o aperfeiçoamento das estimativas regionais de produtividade primária na Amazônia, permitindo modelar sua dinâmica a partir de outras variáveis mais facilmente mensuráveis, notadamente a precipitação e a biomassa florestal.

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