Distribuição das larvas de Mylossoma aureum e M. duriventre (Pisces: Serrasalmidae) no rio Amazonas /

Oliveira, Edinbergh Caldas de

Distribuição das larvas de Mylossoma aureum e M. duriventre (Pisces: Serrasalmidae) no rio Amazonas / Edinbergh Caldas de Oliveira. - Manaus [s.n.] 1996. - 28 f. : il.

Dissertação

A distribuição vertical, sazonal e por habitats das larvas de Mylossoma aureum e M. duriventre (Pisces: Serrasalmidae), foi estudada em um trecho de aproximadamente 60 km do rio Amazonas durante 3 anos. As amostras foram obtidas com uma rede cônico-cilíndrica. Apenas larvas próximas ao estádio de primeira alimentação exógena, foram encontradas derivando no rio. As larvas eram mais abundantes nas margens do rio e a densidade no centro foi sempre muito baixa. Porém, a distribuição nas margens não foi homogênea. A menor abundância de larvas das duas espécies foi registrada nas praias, e as mairoes abundâncias ocorreram nos barrancos e na foz de canais de lagos. As abundâncias de larvas no canais de lago foram iguais as da foz para M. aureum, mais inferiores as da foz para M. duriventre. Os resultados sugerem que o padrão de distribuição está ligado a processos hidrodinâmicos. Em todos os habitats marginais, M. aureum foi mais abundante na superfície e M. duriventre no fundo. Esta estratificação vertical sugere um comportamento larval ativo. O período de ocorrência das duas espécies foi semelhante e durou em média 109 dias, variando de novembro - janeiro a abril - maio. O início da deriva larval dependia fortemente do regime hidrológico do rio. Nos anos em que o início da enchente era contínuo a deriva ocorria antes dos anos cuja subida do nível era interrompida. A variação na abundância de larvas durante o período de ocorrência não se relacionou com a luminosidade da lua, nem com a pluviosidade local. Porém, a enchente apresentou efeito na variação da densidade de larvas de M. aureum no ano de 1994-1995.


Pacu--Larvas.--Amazonas, Rio, Bacia

597.52

T 597.52 / O48d

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